
Um depósito cheio pode ficar 8 € mais caro
O preço dos combustíveis pode sofrer um aumento substancial. Tudo porque a Comissão Europeia quer que Portugal reveja os descontos agora aplicados ao ISP. A notícia está a ser avançada pelo Jornal de Negócios que adianta ainda que o fim deste desconto pode aumentar “o custo de um depósito cheio em 8 €.
De acordo com a mesma fonte, Bruxelas quer que Portugal revele os seus planos para “eliminar totalmente as medidas de apoio emergencial à energia e a eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis”.
No nosso país estas medidas de apoio acontecem através da via fiscal, com o referido desconto no ISP. Recorde-se que este desconto foi criado em 2022, pelo Governo anterior de António Costa para fazer frente ao aumento da inflação e também devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
O pedido de Bruxelas chega num momento especialmente crítico para as finanças portuguesas. Esta é a altura em que o Ministério das Finanças está a trabalhar ativamente no Orçamento de Estado para o próximo ano.
O corte no desconto do ISP afeta diretamente as carteiras dos portugueses, mas, por outro lado, pode ajudar a equilibrar as contas orçamentais do país.
Desconto não será eliminado de uma só vez
Entretanto, Manuel Castro Almeida, ministro da Economia e Coesão Territorial já garantiu que o desconto sobre o ISP não será eliminado na totalidade de uma só vez.
Em declarações ao jornal Público, o mesmo ministro esclareceu que “vai ser necessário fazer ajustamentos com toda a certeza, mas a posição que o Governo tomou foi de só fazer ajustamentos em momentos em que haja quebra do preço da gasolina, para que as pessoas não sintam que vão pagar mais gasolina por causa do aumento das taxas”.
Manuel Castro Almeida recorda também que “já no ano passado fizemos alguns ajustamentos no sentido que a Comissão Europeia pretende”.