Se estás a guardar dinheiro para o próximo smartphone topo de gama da Apple, talvez tenhas de juntar um pouco mais. As novas análises de especialistas, nomeadamente um relatório do banco UBS (a que o AppleInsider teve acesso), sugerem que as recentes e abrangentes tarifas alfandegárias impostas pela administração Trump nos Estados Unidos podem inflacionar bastante os preços da série atual iPhone 16.
Apesar de haver muita incerteza no ar, as estimativas apontam para um aumento considerável que chegará à tua carteira. As novas projeções da UBS são um pouco menos pessimistas do que algumas estimativas anteriores. Essas chegaram a colocar o modelo de topo acima dos 2300 dólares.
O preço de um iPhone 16 Pro Max com 1TB de armazenamento poderá agora aproximar-se dos 2 062 dólares. Mas há mais exemplos baseados nas estimativas de impacto das tarifas. Um iPhone 16 Pro de 128GB (se montado na Índia) pode subir de 999 para 1 119 dólares (um aumento de 12%), ou um Apple Watch Ultra 2 (montado no Vietname) a passar para 949 dólares (mais 19%).
Situação ainda é volátil
Estes cálculos assumem certos níveis de tarifas, mas a situação é volátil. Isto especialmente porque se espera a entrada em vigor de tarifas de 104% sobre produtos da China já amanhã, 9 de abril.
Prever o preço final exato é, neste momento, quase impossível. As regras das tarifas são descritas como complexas, com uma "matemática sem sentido" e isenções pouco claras. Além disso, a estratégia da própria Apple é uma incógnita.
A grande questão é quanto do custo extra conseguirá (ou quererá) absorver nas suas margens. Quanto conseguirá negociar com os fornecedores? E quanto será inevitavelmente passado para o consumidor final? A resposta dependerá também da duração destas tarifas. Ou seja, se serão uma medida temporária de alguns meses ou algo que se prolongará por anos.
As ações da Apple já sofreram e a situação pode agravar-se nos próximos tempos, particularmente se as tarifas mais pesadas sobre a China se confirmarem. A UBS estima que os lucros por ação da Apple possam ser afetados entre 3% a 5% a curto prazo, podendo chegar a 20-25% a longo prazo se as tarifas se mantiverem.
Independentemente de como a situação evoluir, será um período complicado para as empresas tecnológicas. E, muito provavelmente, ainda mais duro para os consumidores e para os mercados. Resta saber como estes esperados aumentos se traduzirão para o mercado português.
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