Sistemas de vigilância com CCTV e rastreamento por GPS
Em agosto tivemos a notícia de que o posto de carregamento da Tesla, em Fátima, tinha sido alvo de um furto. Mas este caso é um de muitos que têm vindo a registar-se em Portugal este ano.
Os dados fornecidos pela Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE) apontam para que, até agora, 327 postos de carregamento tenham sido alvo de furto e/ou vandalismo. Por isso, os operadores destes postos estão agora a tomar medidas para evitar a situação.
Estes postos estão agora a receber novos sistemas de vigilância com CCTV e novos sensores e alarmes. Mas as medidas vão ainda mais longe e incluem também rastreamento de cabos por GPS e utilização de tinta especial, Kevlar e malha de aço nesses mesmos cabos. Tudo com um único objetivo: evitar que os cabos sejam roubados e os postos vandalizados.
Equivalente a 10,3% da rede pública de carregamento foi afetada
E os números divulgados pela UVE são significativos. De acordo com a associação, desde abril que 327 postos de carregamento foram alvo de vandalismo com 720 cabos a serem roubados. Tal é o equivalente a 10,3% da rede pública de carregamento de EV, atualmente instalada em Portugal.
A associação esclarece que os distritos mais afetados por esta onda de vandalismo são Lisboa, Santarém, Leiria, Setúbal e Évora. Entre o final de agosto e início de outubro, os dados apontam também para um pico com mais de 450 incidentes a serem registados.
De acordo com dados do Ponto de Acesso Nacional (PAN), existiam em Portugal, a 30 de setembro deste ano, 2630 postos de carregamento para carros elétricos equipados com 6100 cabos e espalhados por 245 municípios do país.
