O “direito ao esquecimento” está em vigor há 10 anos. Desde 2014 que os utilizadores podem pedir às páginas na internet que retirem o os seu nomes nas páginas de resultados. Mas segundo os mais recentes dados divulgados pela Surfshark, os portugueses são dos que menos solicitam esse direito.
O estudo da Surfshark apresentada dados de 32 países europeus que fizeram pedidos de “direto ao esquecimento” tanto à Google como ao Microsoft Bing. No nosso país, em 2022, foram apresentados 1200 pedidos de “direito ao esquecimento”.
Portugal passou 1900 para 1200 pedidos de "direito ao esquecimento" em 2022
Existe um decréscimo acentuado face a 2021, onde foram realizados 1900 pedidos. Este decréscimo nos números de pedidos é atribuído a causas como a falta de sensibilização ou informação sobre estes temas, segundo a Surfshark.
Os números revelam que Bulgária, Chéquia, Eslováquia, Hungria e Roménia são os países com menos pedidos durante 2022. Estes apresentaram menos de um pedido por cada 10 mil pessoas. Seguem-se Grécia, Polónia e Portugal, com cerca de um pedido por cada 10 mil pessoas.
Alemanha, França e Reino Unido ocupam os lugares cimeiras nos números de pedidos de “direito ao esquecimento”, com mais de 50% de todos os pedidos. A Franca lidera a contenda, seguida pela Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha (por ordem).
Só da Google terá sido pedida a remoção de 6 mil milhões de URL tanto na UE como noutros países. Os sites de redes sociais são os maiores alvos, com o Facebook a ser o que tem mais pedidos.
“Os países ocidentais são os mais ativos na apresentação de pedidos de ‘direito a ser esquecido’, mas parece haver uma falta de envolvimento ou consciência relativamente às vantagens proporcionadas pelo GDPR entre as restantes nações europeias”, afirma Lina Survila, porta-voz do Surfshark.
Caso tenhas dúvidas de como funciona e como podes enviar um pedido de direito ao esquecimento, consulta o documento oficial da Google.