Nos últimos seis meses, os portugueses estão a queixar-se mais dos serviços públicos, com muitas destas entidades a registarem um nível insatisfatório no serviço prestado. A informação chega através do Portal da Queixa que esteve a analisar todos os números.
Mais de 7 mil reclamações foram registadas nos últimos seis meses
De acordo com os dados registados no Portal da Queixa, entre abril e setembro de 2024, foram registadas 7479 queixas neste portal. Tendo em conta que entre outubro de 2023 e março de 2024 o número de queixas foi de 5251, estamos perante um aumento significativo de insatisfação.
Contas feitas quando comparados os dois períodos de tempo, houve um aumento de 42,4% dos níveis de insatisfação com os serviços de administração pública em apenas seis meses.
Nesta análise foram analisadas as categorias administração pública, câmara municipais, empresas de gestão municipal, institutos públicos, polícia, emergência e bombeiros, serviços sociais e providência, além de entidades reguladoras.
Diz o Portal da Queixa que os institutos públicos foram os mais visados, registando 57,8% das reclamações. De seguida, está a administração pública com 20,4% e as câmaras municipais com 13,9%.
A ocupar os últimos lugares deste ranking, registando o menor número de queixas, estão a polícia, serviços de emergência e bombeiros que registam apenas 1,4% do total de reclamações.
Elevado índice de insatisfação
A análise agora apresentada pelo Portal da Queixa revela que os portugueses mostram um elevado índice de insatisfação com os organismos estatais. A palavra insatisfatório foi usada por 54,9% dos inquiridos para caracterizar a performance das entidades do Estado.
De seguida, está a palavra fraco que foi escolhida por 25,2%, sendo que o razoável acolheu 8,9% dos votos. Um índice de satisfação ótimo registou 2% dos votos, com o excelente a alcançar 2,4%.
Mas nem tudo são notícias desanimadoras. Entre as entidades mais cotados e que contam com a melhor reputação na resolução de problemas estão o IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional), IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes) e ainda a Autoridade Tributária.