Os relatórios da Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) ajudam-nos a perceber questões relacionadas com a Internet e outros serviços móveis. Os novos dados dão-nos informação sobre os serviços fixos de alta velocidade, nos primeiros três meses de 2024.
Desde já, importa destacar que um acesso é considerado de banda larga ultrarrápida, quando a velocidade de download atinge ou supera os 100 Mbps. A título de curiosidade, Portugal chegou a ser o 4º país da União Europeia (UE) com mais velocidade, em julho de 2023. No entanto, o relatório em questão indica que a Região Autónoma da Madeira tem números abaixo do que seria de prever, face ao resto do país.
A velocidade de banda larga em contexto nacional
Segundo a ANACOM, em Portugal, 91% dos acessos eram de banda larga ultrarrápida, no mês de março. Contudo, através dos dados gerais dos três meses no total, conseguimos ver que “a taxa de adesão nas famílias foi de 86,9%”, como refere a mesma fonte.
O mesmo relatório sugere ainda que 7 em cada 10 clientes tinham alta velocidade em redes de fibra ótica (FTTH). No entanto, na interpretação destes dados, o que mais nos interessa é a proporção de alojamentos e estabelecimentos cablados com FTTH.
A Madeira fica abaixo da média nacional
A média nacional, nesta categoria, é de 53,3% para o primeiro trimestre de 2024. Neste “bolo” total, há algumas regiões que se destacam. Entre estas, a Região Autónoma dos Açores, o Norte, a Grande Lisboa, o Oeste e Vale do Tejo e o Alentejo.
O problema é que, quando olhamos para a mesma situação na Madeira, os números são mais desanimadores. Isto porque a taxa registada foi inferior a 35%, o que é significativamente menos do que no resto do país, de um modo geral.
Olhando para Portugal como um todo, é possível concluir que o país manteve o número de alojamentos cablados relativamente intacto. Como refere a ANACOM, os números de 3,7 milhões são parecidos ao que já se via em trimestres anteriores, no que toca à TV por cabo.
Já na fibra ótica, o grande destaque do relatório, registaram-se 6,1 milhões de alojamentos com este tipo de rede. Em relação a 2023, é um aumento de 0,6%, mas é inferior à percentagem de crescimento no ano passado, para o primeiro trimestre, onde o aumento foi de 1,8%.