A Polícia Judiciária revelou, em comunicado, que deteve 13 pessoas, entre os 20 e os 60 anos, suspeitas de pertencer a um grupo organizado que se dedicava a burlas online. Através de esquemas com várias fases, estes desviavam dinheiro sobretudo de bancos ou empresas nacionais.
Tal como a PJ refere, as buscas foram efetuadas esta terça-feira (18) na Área Metropolitana do Porto. O órgão de investigação criminal avança ainda que os criminosos conseguiram arrecadar mais de 1 milhão de euros com este esquema.
Grupo dedicava-se a esquemas de "phishing" para enganar as vítimas
Como acontece em muitos destes casos, o grupo em causa levava a cabo esquemas de "phishing" e "CEO Fraud". O primeiro implica enganar as vítimas para ceder dados confidenciais, ao passo que o segundo verifica-se quando alguém se faz passar pelo diretor-executivo de uma empresa.
Tal como a Polícia Judiciária explicou em conferência de imprensa, este grupo atuava em três fases. Em primeiro lugar, desenvolviam páginas de bancos falsas e enviavam mensagens às vítimas com links para os mesmos onde estas deveriam introduzir as suas credenciais de acesso fidedignas.
Numa segunda fase, entravam em contacto direto com as vítimas, fazendo-se passar por funcionários bancários. Deste modo, convenciam as vítimas de estarem a ser alvo de uma fraude para obter credenciais e validar transferências.
Por fim, essas quantias eram movimentadas por várias contas detidas pelos criminosos. Posteriormente, eram transferidas para outras contas - nacionais e internacionais - ou usados na compra de bens.
Fernando Ramos, coordenador de investigação criminal da PJ do Centro, esclarece que estes crimes aconteceram um pouco por todo o país. Ele não descarta a possibilidade de haver vítimas estrangeiras e que a maioria destas ilicitudes aconteceram durante o presente ano.
O que fazer no caso de seres vítima de uma burla semelhante
Fernando Ramos deixou ainda um conselho para quem for vítima de burlas deste género. Ele refere que as pessoas devem ser rápidas a reportar o sucedido às autoridades para que a PJ possa intervir rapidamente e "estancar os movimentos de capitais".
Este deve servir como mais um alerta para adotar cuidados redobrados com o fornecimento de credenciais de acesso sensíveis. Nunca carregues em ligações que te cheguem por mensagem e importa ressalvar que nenhum banco te irá solicitar dados de acesso à tua conta por telefone.