É mais uma detenção no âmbito das investigações associadas ao ‘esquema’ “Olá pai/Olá mãe”: a Polícia Judiciária (PJ) acaba de anunciar que deteve uma cidadã estrangeira, de 25 anos, suspeita de ter participado em vários crimes de burla qualificada, falsidade informática e branqueamento, associados a este modo de atuação.
Depois de, em 2024, anunciar o desmantelamento da rede “Olá pai/Olá mãe”, e de ter detido suspeitos alegadamente associados ao grupo, a PJ volta a fazer detenções ligadas com este caso, na sequência de uma busca domiciliária onde foram apreendidos “diversos equipamentos informáticos e de comunicações, que irão agora ser objeto de análise pericial”.
A nota da PJ refere que “a detida será presente a primeiro interrogatório judicial, tendo em vista a aplicação das medidas de coação tidas por adequadas”.
Burlas ultrapassaram os 130 mil euros
A detenção agora realizada surge no seguimento da investigação iniciada em meados de 2024 pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, em cooperação com o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Amadora.
A PJ refere que estas investigações resultaram até agora na “identificação da suspeita em pelo menos 9 inquéritos”, entre os quais um suspeito de 42 anos, detido em Albufeira no final de 2024, que terá lucrado 138 mil euros com a burla "Olá Pai Olá Mãe" em apenas cinco meses.
Apesar de ter anunciado o desmantelamento desta rede, a PJ continua a sugerir um comportamento prudente e atento por parte dos cidadãos, deixando seus conselhos:
1 - Não tenha como certo que uma qualquer mensagem recebida foi enviada pelo filho/a ou familiar, mesmo que o perfil tenha a sua fotografia;
2 - Contacte o seu filho/a ou familiar por “VOZ” (número que têm registado) antes de fornecer informações ou efetuar qualquer pagamento;
3 - Caso não consiga contactar um filho/a ou familiar, não entre em pânico nem perca o discernimento. Certamente que um pagamento atrasado ou uma complicação financeira não tem de ser resolvida “na hora”;
4 - Se estiver confiante pode colocar questões ao “interlocutor” que só o seu filho/a ou familiar sabe; caso tente ligar verá que não atendem (por a voz não ser igual) com uma qualquer justificação posterior (por mensagem);
5 - Nunca efetue transferências para contas desconhecidas ou pagamentos para entidades indicados por “terceiros” que não certificou a identidade, conhece ou confia;
6 - Em caso de dúvida e antes de tomar qualquer iniciativa procure apoio/aconselhamento ligando para o Piquete da Polícia Judiciária.