Meio ano. Já lá vão mais de seis meses desde que a DIGI aterrou oficialmente em Portugal e eu me fiz cliente no primeiro dia. Depois das primeiras impressões ao fim de um mês, dois meses e do balanço ao primeiro trimestre, chegou a altura de atualizar como tem sido a experiência com o serviço de internet fixa de 1 Gbps da operadora romena, que continuo a pagar religiosamente 10 euros por mês.
A minha adesão foi simples: serviço de internet fixa de 1 Gbps, sem telefone nem televisão associados, por 10 €. A instalação foi rápida, e o cancelamento com a minha anterior operadora (já estava fora de fidelização) foi tratado sem dramas através da plataforma de cessação de contratos. Desde então, e este é talvez o ponto mais importante para quem pondera a mudança, a experiência tem sido de uma estabilidade notável.
Experiência sem falhas ao fim de meio ano
Nos primeiros tempos tive duas ou três micro-falhas, de breves minutos, algo que encarei como normal num serviço acabado de lançar. Mas nos últimos meses? Zero problemas, zero interrupções significativas. O serviço tem estado lá, fiável, sempre que preciso dele. Seja para trabalhar (trabalho em casa), fazer downloads pesados ou para o streaming de vídeo em casa.
As velocidades também se mantêm consistentes e impressionantes para o preço. Ligado por cabo de rede ao meu MacBook Air, continuo a obter valores a rondar os 930 Mbps de download e 750 Mbps de upload. Por Wi-Fi, no mesmo portátil, os números andam pelos 780 Mbps de download e 740 Mbps de upload. Num smartphone topo de gama, via Wi-Fi, também vejo velocidades na casa dos 850 Mbps de download e 750 Mbps de upload. São valores que falam por si.



Router continua a ter margem para melhorar
Onde continuo a bater na mesma tecla, e onde a DIGI tem claramente margem para melhorar, é no router fornecido. O alcance do Wi-Fi não é, de todo, o seu ponto forte. Mesmo num apartamento relativamente pequeno como o meu, e com o router posicionado numa zona central, o sinal sofre para chegar com força e velocidade decentes aos pontos mais distantes da casa.
A solução, para mim, passou por usar um sistema mesh que já tinha, e é o que continuo a aconselhar à maioria dos utilizadores que queiram uma cobertura Wi-Fi robusta em toda a casa. Na altura da instalação, foi-me dito que haveria planos para trocar este router no futuro, mas até agora, passados seis meses, continua tudo na mesma. Ou seja, sem novidades concretas sobre um novo equipamento.
Para quem joga online na PlayStation 5 (ou outra consola), mantenho a recomendação. Liguem a consola diretamente ao router por cabo de rede. A experiência de jogo online com ligação por cabo é impecável, estável e com baixa latência. Por Wi-Fi, diretamente do router da DIGI, pode não ser tão fiável para sessões mais competitivas.
A plataforma de cliente MyDIGI continua a ser uma ferramenta útil para o básico, como consultar faturas, consumos. Mantém-se a necessidade de existir uma aplicação móvel completa e dedicada em que acredito que a operadora esteja a trabalhar. Quanto ao serviço móvel da DIGI, continuo a acompanhar a evolução da cobertura, mas para já, e tendo em conta as minhas necessidades específicas de rede em locais como o metro ou zonas mais remotas, ainda não dei o passo para ser cliente pagante.
Seis meses depois: é para continuar
Seis meses depois, a conclusão é simples e clara: por 10 euros mensais, ter fibra de 1 Gbps simétrica com esta estabilidade e velocidade é, sem dúvida, um serviço imbatível em Portugal. O router é o "elo mais fraco" da proposta, sim, mas é um problema facilmente contornável com um investimento (muitas vezes já feito) num sistema mesh ou num router próprio. Para quem procura internet rápida, fiável e a um preço justo, e tem a sorte de ter cobertura, a DIGI continua (a meu ver) a ser a resposta mais óbvia.