A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) atualizou o mapa da sinistralidade em Portugal e os dados pedem a tua atenção imediata. A Autoestrada A5, que faz a ligação entre Lisboa e Cascais, foi classificada como a via mais perigosa do país. O relatório do Observatório da Segurança Rodoviária identificou um total de 40 pontos negros nas estradas nacionais referentes ao ano de 2023. É um aumento de 14 locais face ao período anterior.
A5 é a estrada mais perigosa do país
Para a ANSR, um "ponto negro" não é uma designação aleatória. Trata-se de um troço com um máximo de 200 metros de extensão onde, no espaço de um ano, se registaram pelo menos cinco acidentes com vítimas. A A5 destaca-se negativamente com cinco destes pontos críticos. Logo a seguir, surgem o IC17 (Circular Regional Interior de Lisboa) e o IC20 (ligação Almada-Costa da Caparica), ambos com quatro pontos negros cada.
Esta concentração de perigo na Grande Lisboa surge numa altura em que a mobilidade na capital sofre alterações profundas. Recentemente noticiámos que a EMEL quer cobrar estacionamento aos carros elétricos em Lisboa, uma medida que também tem como pando de fundo gerir o fluxo de trânsito numa cidade onde a sinistralidade continua a ser uma preocupação diária e os acessos estão saturados.
A20, EN206, IC19 e IP7 também se destacam negativamente
A norte, a situação também requer cuidados. A A20 (Circular Regional Interior do Porto) e a Estrada Nacional 206 (Famalicão-Guimarães) surgem na lista com três pontos negros cada, tal como o IC19 e o IP7 na região de Lisboa. A ANSR destaca ainda a reincidência de perigo em locais específicos. Fala do quilómetro 5 da A2 na zona de Almada, o quilómetro 15 da A20 no Porto, e os quilómetros 4 e 5 do IC17 na Amadora, que são zonas onde não podes facilitar.
Os dados provisórios relativos a 2024 mostram uma tendência mista. Embora o número de mortos tenha descido para 423 (menos 33 que no ano passado), o volume total de acidentes subiu para 140118, o que resultou em mais feridos graves e ligeiros. A tecnologia e segurança dos veículos mais recentes ajuda a mitigar a fatalidade dos choques, como verificámos no ensaio do Renault 5 E-Tech. Mas a prudência continua a ser o melhor sistema de segurança perante o aumento do tráfego.
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