Opinião - OnePlus 5T, mais que "flagship killer", "OnePlus' killer"

Pedro Henrique
Pedro Henrique
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A OnePlus apresentou esta semana o seu OnePlus 5T. Num artigo de opinião acerca do mesmo, apenas começarei por dizer, muito francamente, que é o melhor equipamento de 2017, em relação qualidade/preço.

Ecrã bom quanto baste, câmaras com potencial, e uma performance já vista, testada e adorada do seu antecessor. O que pode correr mal? Teoricamente, nada. Nada claro, se eu ou tu tivéssemos amnésia.

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No entanto, esse não é o caso. E porque digo isso? O OnePlus 5T é perfeito, mas a ideologia estratégica da empresa é tudo menos isso. É absurdo pensar que se carimbou, de uma vez por todas - dado que o ano passado podia ter sido apenas uma experiência irrepetível - o facto de se poderem ver dois flaghsips da empresa separados por breves momentos temporais.

Da mesma forma, se pensarmos numa Ótica Microsoft, na qual o hardware é o menos, em prol da melhor experiência de software, parece que a empresa chinesa esquece toda essa linha de pensamento. Porque lançar dois equipamentos? Porque dar tanto valor ao hardware?

Já sei. O companhia asiática com os seus T.

Porquê OnePlus? Qual era a necessidade de um OnePlus 5T?

No entanto, para uma empresa com o nome "1+", a matemática parece algo de difícil perceção. A Apple lança o seu modelo S um ano depois do primeiro. Não o faz num espaço de seis meses.

Mesmo assim, esquecendo quer a Ótica da Microsoft, quer a Ótica da Apple, o que se destaca ainda mais é o facto da OnePlus mostrar-se (o mais possível) amiga dos seus consumidores quando, no fundo, não teve problema absolutamente nenhum em lançar dois modelos no mesmo ano, quando deveria ter lançado apenas um.

Isto é, se a empresa não conseguia implementar um ecrã edge-to-edge em junho, tinha duas formas de agir, eticamente é claro: lançar o OnePlus 5 naquela altura, lançar agora um 5 (igual ao 5T).

Porém, decidiu optar pelo caminho mais fácil, no curto prazo, e lançar os dois. Se eu tivesse comprado o 5 em junho, pensaria neste momento, o que fiz eu para merecer que a minha escolha fosse agora uma segunda linha de produto?

Quer isto dizer que o OnePlus 5 é mau? Claro que não. Continua a ter um leitor de impressões digitais à frente, para quem gostar, e uma lente telephoto para que captures o que mais gostes de um modo peculiar.

Todavia, não é de todo benéfico saber que uma despesa realizada em algo que se pensava ser o melhor dos melhores durante doze meses, deixasse de o ser ao fim de metade desse período.

Atenção, tal como o OnePlus 5, o OnePlus 5T é tudo menos um mau smartphone...

Por fim, o que pode concluir-se de tudo isto? Nada que não o fracasso. Isto é, com o passar do tempo, a começar no último dia 16 de novembro, quer a empresa quer não acabou por criar uma retração na procura dos seus equipamentos.

É claro que continuará a haver quem os compre. Lembras-te do que disse no início? Por 499€ não há melhor, pelo menos este ano. Todavia, não é, sem sombra de dúvida, algo que se torne indiferente para os apaixonados pela empresa que ficarão a pensar: Daqui a seis meses poderá haver algo melhor. Vou esperar pelo seguinte...

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