O mercado de dispositivos móveis será caraterizado pela utilização de painéis OLED na maioria dos smartphones já a partir do próximo ano de 2022. Esta é a convicção da TrendForce, agência de análise de mercado que partilhou agora o seu novo relatório.
Segundo esta fonte, a maioria dos smartphones vendidos no próximo ano já incorporará um ecrã OLED, deixando para trás o padrão LCD em praticamente todos os equipamentos de gama média, ao passo que os topos de gama já o fazem há vários anos.
Apple e Samsung na dianteira da adoção dos ecrã OLED
Mais concretamente, de acordo com a TrendForce, 39,8% de todos os smartphones vendidos em 2021 já integram este tipo de ecrãs. Por outro lado, no próximo ano de 2022 esta mesma cifra deve aumentar consideravelmente para 45%.
A empresa de análise de mercado atribui o crescimento desta tendência aos esforços de duas fabricantes líder, a Samsung e Apple. Em ambos os casos as fabricantes devem utilizar mais frequentemente este tipo de ecrãs e respetivas variantes - AMOLED e OLED.
Recordamos que existem diferentes tecnologias (e implementações), partindo da mesma base e tipologia OLED.
A procura por ecrãs OLED aumenta, mas a produção está condicionada
Regista-se, no entanto, uma dificuldade da cadeia de produção em dar conta dos elevados volume requisitados pelas principais marcas para os painéis OLED. Cenário agravado pela escassez de componentes e semicondutores como os chips de controlo para estes mesmos ecrãs.
Mais concretamente, a agência de análise refere que os circuitos necessários para controlar os ecrãs OLED são maiores e, como tal, de mais laboriosa confeção. Portanto, por cada wafer, são produzidos menos chips face aos necessários para controlar, por exemplo, os convencionais ecrãs IPS LCD.
Isto deve-se ao facto de os controladores para os ecrãs usarem sobretudo drivers e chips com litografia de 40 nm a 28 nm. A agravante é a diminuta quantidade de cadeias de produção capazes de produzir este tipo de controladores.
Entre estas apontamos a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company Limited), Samsung Electronics, UMC, e a GlobalFoundries. São estas as quatro entidades responsáveis pela produção dos chips de controlo para os ecrãs OLED usados pelas demais fabricantes mobile.
Faltam chips para controlo dos ecrãs OLED
Pior ainda, das fabricantes supracitadas apenas a TSCM, a Samsung e a UMC são capazes de produzir um volume constante de wafers para assegurar os chips necessários para os controladores dos ecrãs.
Assim, ainda que outras fabricantes estejam a desenvolver a tecnologia e processos necessários para tal, de momento não são capazes de o fazer.
Em síntese, mesmo que se produzam os volumes exigidos de ecrãs OLED, estes ficariam carentes dos chips de controlo. É este o maior entrave atual para uma implementação mais generalizada deste tipo de painéis em mais smartphones.
Espera-se, contudo, que eventualmente a capacitação de mais fabricantes, e uma solução para a escassez de componentes, possa baixar o preço final dos ecrãs OLED. Algo que aumentaria consideravelmente a sua adoção, mesmo em smartphones baratos.
Para já, como aponta a TrendForce, tal é uma realidade que nos escapa.
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