Depois de muita especulação, já é oficial: a NOWO acabou de ser vendida e a compradora é a Digi Portugal. A aquisição foi feita por 150 milhões, depois de se ter falado na hipótese de ser comprada pela Vodafone ou até pela Media Capital (MC).
Tal não aconteceu e, em comunicado oficial, a Digi deu conta da compra, que terá sido feita na quinta-feira, dia 1 de agosto.
“A empresa informa o mercado de que, a 1 de agosto de 2024, a Digi Portugal assinou um acordo de compra de ações com a Lorca JVco Limited para a compra de 100% das ações emitidas pela Cabonitel, a uma avaliação de 150 milhões de euros, sujeita aos ajustes típicos e certos eventos contingentes” - escreveu a DIGI.
Em que pé ficou o interesse da Media Capital?
Como referido anteriormente, chegou-se a falar sobre uma compra por parte da Media Capital. A questão é que, ao que tudo indica, o valor que a MC estaria disposta a pagar era inferior aos 150 milhões de euros que a Digi disponibilizou.
Quanto ao balanço da presença da NOWO no mercado português, a própria Digi destaca os “cerca de 270 mil clientes móveis e cerca de 130 mil clientes fixos de telecomunicações” que estão associados à operadora.
Com este investimento, o “caminho” até ao 5G parece menos complicado. Recorde-se que, tal como a 4gnews noticiou, a NOWO pediu, recentemente, à Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) um alargamento de prazo para ter serviços 5G.
NOWO pode ser uma “alavanca” para a Digi
De acordo com o Jornal de Negócios, outro aspeto a ter em conta é que a compra da NOWO também pode ser uma grande ajuda para a Digi. Principalmente, por questões de “acesso aos conteúdos”, que tem sido algo que a marca se tem queixado em Portugal.
Segundo a mesma fonte, a Digi terá feito uma queixa à entidade reguladora dos media (ERC), por um alegado “comportamento abusivo” a negociar conteúdos televisivos. Recorde-se que a Digi, para além de planos móveis e fixos, também quer oferecer TV por subscrição.
Para além disso, também podemos ter em conta que a Digi está prestes a entrar no mercado nacional pela primeira vez. Isso significa que a obtenção de novos clientes pode não ser um processo fácil, também por questões de fidelização, que vinculam os consumidores a marcas como NOS, MEO e Vodafone.
Tendo isso em conta, a taxa de clientes que subscreve os serviços da NOWO (5%) pode ser a tal “alavanca” que a Digi poderá precisar no seu ingresso em Portugal.
Parece que a Digi vai “aterrar” em Portugal a todo o gás e as ofertas de emprego que tem disponíveis sugerem-nos que está prestes a chegar.
