Já passaram seis meses desde que o Xiaomi 15 Ultra foi lançado, e o hype inicial já acalmou. Fizemos, e bem, a análise completa ao Xiaomi 15 Ultra aquando do seu lançamento. Este artigo é um segundo olhar ao equipamento. Andei com ele no bolso durante o último mês como o meu telemóvel principal para perceber se é, de facto, a "máquina" que a Xiaomi promete.
E a conclusão a que chego é que este é, sem dúvida, o melhor e mais completo smartphone que a Xiaomi alguma vez fez. Mas isso não significa que seja perfeito. Se é que algum smartphone é perfeito.
As câmaras: versatilidade com "dedo" da Leica
O grande destaque do 15 Ultra, e a principal razão pela qual vais querer comprá-lo, são as suas câmaras traseiras. A versatilidade que o sistema de quatro câmaras te dá é simplesmente viciante. Desde fotografar paisagens com a ultra grande-angular, a usar o zoom periscópico para apanhar um detalhe a dezenas de metros de distância, a câmara nunca me deixou ficar mal.
A parceria com a Leica continua a dar frutos, e os modos de cor "Leica Authentic" e "Leica Vibrant" dão um toque especial às fotografias. A qualidade de imagem é de topo, com um detalhe e uma gama dinâmica que rivalizam com os melhores do mercado. Deixo-te alguns exemplos de imagens que captei durante estes dias.
O único ponto a rever neste campo é a câmara de selfie. Para um telemóvel "Ultra" com este calibre (e preço), esperava um pouco mais. Não é má, longe disso. Mas não está ao nível do topo que tens nas câmaras traseiras.
Ecrã e som: um mini-cinema no bolso
A experiência de consumir multimédia neste telemóvel é de luxo. O ecrã LTPO AMOLED é espetacular: super nítido, com cores vibrantes e um brilho que te permite ver tudo perfeitamente, mesmo debaixo do sol. Para ver vídeos é simplesmente espetacular.
Mas o que mais me surpreendeu foram os altifalantes estéreo. Não só têm uma qualidade de som muito boa e equilibrada, como conseguem atingir um volume incrivelmente alto sem grande distorção, algo que muitas marcas descuram. Quando estás a ouvir aquela playlist ou podcast durante o duche, faz a diferença.
Bateria e carregamento: quase tudo bem feito
Este é, para mim, o outro grande trunfo do 15 Ultra. A bateria de 5410 mAh, que usa a tecnologia de silício-carbono, fornece uma autonomia simplesmente brutal. É, muito provavelmente, o smartphone topo de gama com a melhor autonomia que testei este ano.
Chegava ao final de dias intensivos de uso com 30% a 40% de bateria, algo que não me lembro de conseguir com outro topo de gama recente. Acredito que, para utilizadores intensivos, pode ser um smartphone para um dia e meio de utilização sem grandes dramas.
O carregamento também é rápido. Com suporte para 90W, consegues carregar a bateria totalmente em menos de uma hora. No entanto, há duas "manhas" a ter em conta. Primeiro, não traz carregador na caixa, um hábito que já não terá retorno, mas de que sentimos falta especialmente em aparelhos que custam mais de 1000 € e onde a velocidade de carregamento é um destaque.
Segundo, é relativamente "esquisito" com carregadores de outras marcas. Mesmo usando outros carregadores potentes, o pico de carregamento que consegui foi de 78W. Para tirares partido dos 90W, diria que terás mesmo de usar o carregador oficial da Xiaomi. Além disso, também tem tendência para aquecer, e bem, enquanto carrega de forma rápida.
Pequenos detalhes e o design que se destaca
O sensor de impressões digitais ultrassónico debaixo do ecrã é extremamente rápido e fiável. Não me recordo de uma única vez que tenha falhado, a não ser com os dedos molhados. O que, convenhamos, acaba por ser expectável.
O design, na cor branca que testei, é robusto e o enorme módulo circular da câmara traseira é uma afirmação de estilo. Gostes ou não, ele efetivamente sobressai e diz a toda a gente que este é um telemóvel focado em fotografia.
Se ficaste convencido e queres deitar as mãos àquele que é, para mim, o melhor smartphone que a Xiaomi já construiu, podes encontrá-lo à venda na Xiaomi Store Portugal. Para saberes mais, confere a nossa análise completa ao Xiaomi 15 Ultra.