Com os feriados de junho e as férias grandes de verão aí à porta, escolher o próximo destino pode ser uma dor de cabeça no meio de um mar de ofertas de hotéis, voos e pacotes. Mas a tecnologia, e em particular a Inteligência Artificial (IA), está a mudar radicalmente a forma como planeamos e vivemos as nossas viagens.
Esta pode funcionar quase como um "Tinder das Viagens" para encontrar a tua experiência ideal. A ideia, como sublinha Pedro Santos da Foundever Portugal, é que a tecnologia ajude a criar uma boa primeira impressão e uma relação duradoura e personalizada entre ti e as empresas de turismo.
Este "cupido digital" analisa uma quantidade massiva de dados para te conhecer melhor do que tu próprio, quase. A IA estuda o teu histórico de viagens, as tuas preferências (o que dizes que gostas e o que o teu comportamento online revela), e as tuas motivações para te sugerir destinos, alojamentos e atividades que têm tudo a ver contigo.
Vai mais longe: consegue até antecipar tendências e as tuas necessidades futuras antes mesmo que as verbalizes, processando informação de mercado e comportamento em larga escala, como apontam relatórios da Skift e McKinsey.
Esta personalização à escala é cada vez mais importante num mercado turístico em forte crescimento. Em Portugal, os dados provisórios de 2024 indicam que recebemos 31,6 milhões de hóspedes, com as receitas a atingirem os 27,7 mil milhões de euros. É um aumento de 8,8% face ao ano anterior. Com mais concorrência e mais viajantes, oferecer uma experiência "à medida" é o que faz a diferença.
A IA não serve só para te encontrar o "match" perfeito antes da viagem
Mas a IA não serve só para te encontrar o "match" perfeito antes da viagem. Está também a mudar o apoio durante e após. Os chatbots já não são robôs básicos; usam linguagem natural e até demonstram empatia (ou simulam-na bem) para resolver problemas complexos de forma mais humana.
Existem também soluções de previsão que monitorizam fatores externos (como meteorologia ou atrasos em voos) para antecipar problemas e trazer soluções proativas. Um estudo da Foundever e ISG identifica dois pilares essenciais para uma boa relação no turismo atual: esta personalização contínua e um apoio ao cliente exemplar, disponível 24/7 e em múltiplos idiomas (mais de 60 seria o ideal) para quebrar barreiras.
A tecnologia com empatia é outra fronteira. Os sistemas de análise de sentimento conseguem detetar se estás frustrado numa interação e escalar para um assistente humano, se necessário. Os assistentes virtuais mais "humanizados" e suporte multilíngua instantâneo estão a facilitar a comunicação, como revela um relatório da Intercom.
Claro que, por detrás disto tudo, continuam a ser precisos profissionais humanos com excelentes capacidades de comunicação, resolução de problemas e pensamento estratégico. Como conclui a Foundever, a questão já não é se as empresas devem usar IA, mas sim a que velocidade o vão fazer para te conseguirem apresentar consistentemente o teu "match" de viagem perfeito. Podes encontrar mais informações sobre estas soluções em foundever.com.