
A Xiaomi anunciou na última semana que o seu negócio de automóveis já dá lucro. A marca chinesa, que conheces pelos smartphones e gadgets, anunciou que o seu carro elétrico 500 000 acabou de sair da linha de produção. O dado mais impressionante não é o número em si, mas a velocidade. A marca onseguiu este feito em apenas um ano e sete meses.
Para teres uma ideia da dimensão, algumas fabricantes de automóveis com décadas de história demoram muito mais tempo a atingir volumes de produção semelhantes com novos modelos ou novas fábricas. A Xiaomi, uma "novata" nestas andanças, atingiu este marco em menos de 2 anos.
Xiaomi SU7 e YU7 na origem do sucesso da Xiaomi
Foi impulsionada pelo sucesso do seu sedan SU7, lançado em março de 2024, e reforçada pela introdução do SUV YU7 em junho deste ano. Os números das entregas validam esta capacidade produtiva. Depois de um ano de estreia em 2024 com 135 000 veículos vendidos, a marca carregou no acelerador.
Entre janeiro e outubro de 2025, a Xiaomi já entregou 315 376 carros elétricos aos seus clientes. Só no terceiro trimestre, foram entregues 108 796 unidades. É um salto considerável de mais de 173% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Xiaomi quer ultrapassar a 400 000 entregas até final de 2025
Lei Jun, o fundador e CEO da empresa, não esconde a ambição e já reviu as metas em alta. O objetivo agora é ultrapassar as 400 000 entregas totais até ao final de 2025. É um aumento significativo face à meta anterior de 350.000. O veículo número meio milhão, que acabou de ser fabricado, já tem dono e deverá ser entregue dentro de dias.
Mas a Xiaomi não está apenas a fazer carros depressa; está a começar a ganhar dinheiro com eles. O relatório financeiro do terceiro trimestre revelou que o negócio de veículos elétricos inteligentes da marca registou lucro pela primeira vez. A divisão de inovação, onde se inserem os carros, apresentou um lucro líquido de cerca de 700 milhões de iuanes (aproximadamente 84 milhões de euros). Dos 29 mil milhões de iuanes de receita deste segmento, a esmagadora maioria (28,3 mil milhões) veio diretamente da venda de automóveis.
Curiosamente, o mercado financeiro reagiu de forma tímida a estes resultados recorde. As ações da Xiaomi em Hong Kong caíram mais de 2%, com uma descida de 33% nos últimos dois meses. Os investidores parecem estar receosos com a concorrência no setor dos elétricos na China e com a sustentabilidade deste crescimento a longo prazo.
Chegada a Portugal prevista para 2027
Agora resta-nos esperar pela chegada dos carros elétricos da marca a Portugal. As fontes oficiais têm referido que essa chegada ao mercado europeu e, presume-se que Portugal estará incluído, vai acontecer durante o ano de 2027.
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