O novo Samsung Galaxy TriFold, o primeiro smartphone da marca com duas dobradiças, já passou por um dos testes mais temidos do YouTube. Zack Nelson, do canal JerryRigEverything, submeteu o dispositivo a um teste de durabilidade completo e o resultado deixa claro que estamos perante uma peça de tecnologia impressionante, mas que exige cuidados redobrados no uso diário.
Um dobrável que já avisa que é frágil
Logo ao ligar o Galaxy TriFold pela primeira vez, surgem vários avisos no ecrã. Um deles recomenda explicitamente que não seja removida a película protetora do ecrã principal. Outro alerta indica que o equipamento não lida bem com partículas pequenas, como areia.
Há ainda uma instrução curiosa sobre a forma correta de dobrar o telefone, indicando que se deve “sempre começar pelo painel sem câmara”, já que “começar pelo painel com câmaras pode danificar o seu telemóvel”.
Antes mesmo de começarem os testes físicos, fica a sensação de que este é um equipamento sofisticado, mas longe de ser tolerante a maus tratos. E quem já conhece os testes de durabilidade de Zack Nelson sabe que eles vão bem além.
Riscos, fogo e um ecrã muito sensível
Como é habitual nos testes de Zack Nelson, o TriFold foi exposto a riscos com objetos metálicos, areia e até chama direta. O ecrã interno flexível mostrou-se extremamente sensível. Um simples objeto pontiagudo é suficiente para causar marcas permanentes, algo que não surpreende, já que este comportamento é comum em ecrãs dobráveis atuais.
O momento mais tenso do teste surge quando entra em cena uma grande quantidade de sujidade. Mesmo assumindo que a quantidade de areia utilizada é exagerada, os sons provocados pelo atrito nas dobradiças são suficientes para deixar qualquer utilizador apreensivo.
“Eu ficaria muito apreensivo em colocar o TriFold numa superfície que não estivesse em perfeitas condições”, comenta Nelson durante o teste. Num contexto real, isto levanta dúvidas sobre o uso do equipamento em praias, parques ou até mesas com poeira acumulada.
Teste de flexão termina com falha inédita
No conhecido teste de flexão, em que o smartphone é pressionado manualmente para avaliar a integridade estrutural, o Galaxy TriFold não sai ileso. Poucos segundos após aplicar força, o ecrã pisca, indicando uma falha.
Segundo Zack Nelson, este é “o primeiro Samsung a quebrar durante o teste de flexão”, uma afirmação pesada para uma marca conhecida pela robustez dos seus equipamentos topo de gama. Ainda assim, o dispositivo não se parte fisicamente, o que mostra que a estrutura aguenta, mas o painel não.
Tecnologia impressionante, mas não para todos
No final do vídeo, a conclusão é clara:
“Se tratares o TriFold com cuidado, ele provavelmente é o telemóvel mais interessante do planeta. Mas se és o tipo de pessoa que não se importa com os teus aparelhos, este provavelmente não é o telemóvel para ti.”
Em termos práticos, isto significa que o Galaxy TriFold oferece uma experiência visual impressionante, mas não é o tipo de smartphone que pode ser usado sem cuidados, especialmente em ambientes exteriores ou mais agressivos.
Disponibilidade e próximos passos
O Galaxy Z TriFold começa a ser comercializado a partir de 12 de dezembro, com estreia confirmada na Coreia do Sul e um preço a rondar os 2.150 €. Numa fase seguinte, a Samsung planeia alargar a disponibilidade do seu primeiro smartphone tridobrável a mercados como China, Taiwan, Singapura, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos. Para já, não existe qualquer indicação oficial sobre a chegada do Galaxy Z TriFold à Europa.
Importa também recordar que a Samsung confirmou o evento especial “The First Look” para o dia 4 de janeiro, apenas dois dias antes do arranque da CES 2026. Este deverá ser mais um momento para a empresa voltar a destacar o Galaxy Z TriFold.
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