A Nvidia voltou a sentar-se no trono como empresa de capital aberto mais valiosa do planeta. Na última terça-feira (3), a gigante dos chips de inteligência artificial ultrapassou a Microsoft em capitalização de mercado, após as suas ações dispararem 45% nos últimos dois meses.
Segundo dados da Nasdaq, a empresa atingiu os impressionantes 3,45 biliões de dólares (cerca de 3,028 biliões de euros). A diferença é apertada, mas significativa: a Microsoft ficou ligeiramente atrás com 3,44 biliões de dólares (3,019 biliões de euros).
A subida meteórica das ações da Nvidia

As ações da Nvidia subiram cerca de 3%, fechando a 141,40 dólares (124,01 euros). E este crescimento não é um caso isolado: só no último mês, os papéis da empresa valorizaram quase 24%, mesmo com os ventos contrários provocados pelas restrições de exportação dos EUA e o receio de tarifas.
A empresa, liderada por Jensen Huang, já tinha assumido o topo da lista em janeiro deste ano e, desde junho de 2024, tem disputado o pódio com a Microsoft e a Apple. Agora, com os resultados mais recentes, a Nvidia voltou à frente com força — e com um plano de longo prazo que entusiasma os analistas.
Resultados estrondosos no trimestre
- No primeiro trimestre fiscal, a Nvidia registou um lucro ajustado de 96 cêntimos por ação, com 44,06 mil milhões de dólares (38,645 mil milhões de euros) em vendas — um crescimento de 69% em relação ao mesmo período do ano anterior;
- A receita disparou 114% nos três primeiros meses de 2025, alcançando 130,5 mil milhões de dólares (114,472 mil milhões de euros);
- Com este ritmo, os analistas projetam um valor de mercado de 5,29 biliões de dólares (4,639 biliões de euros) até 2035.
Este crescimento explosivo está intimamente ligado ao domínio da empresa no mercado de inteligência artificial, onde a Nvidia controla 80% do fornecimento de chips.
Microsoft, Meta, Google, Amazon, Oracle e a xAI são alguns dos gigantes que apostam fortemente nos chips da marca para expandir os seus data centers. E a valorização da Nvidia arrastou consigo outras empresas de semicondutores.
A Micron registou um aumento de 4%, a Broadcom subiu 3% e o ETF VanEck Semiconductor avançou 2%, segundo a CNBC. Uma clara demonstração de que o sector como um todo está a beneficiar da corrida pela IA.
As declarações de Huang e a questão chinesa
Durante a apresentação de resultados, Jensen Huang criticou duramente as restrições de exportação impostas pelos EUA. Para o CEO, estas medidas prejudicam diretamente a competitividade das empresas norte-americanas, especialmente no mercado chinês.
"Hoje, no entanto, o mercado chinês de 50 mil milhões de dólares está efetivamente fechado para a indústria dos EUA", afirmou Huang.
Com as novas políticas de controlo de exportação de chips da administração Trump, a Nvidia já perdeu 8 mil milhões de dólares em receita, mas a confiança dos investidores na empresa parece permanecer em alta. E após a declaração de Huang, as ações da Nvidia subiram quase 5% após o fecho do mercado.
Apple em queda: 2025 tem sido difícil
Entretanto, a Apple mantém-se no 3.º lugar das empresas mais valiosas, mas o ano de 2025 tem sido tudo menos tranquilo. As ações da empresa de Tim Cook já acumulam uma queda de 19% desde janeiro.
Segundo analistas, este é um dos momentos mais desafiantes da Apple, que enfrenta simultaneamente:
- Pressões da Casa Branca para fabricar iPhones nos EUA, o que pode encarecer os produtos;
- Uma investigação antitrust pelo Departamento de Justiça norte-americano;
- E a eterna guerra com a Epic Games por causa das políticas da App Store — que teve mais um capítulo recente com o regresso de Fortnite ao iPhone nos EUA.
No meio de tudo isto, a Nvidia segue em alta velocidade, deixando para trás os seus rivais históricos.
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