A NATO anunciou, através da sua Newsroom oficial, que o processo de criação de um Centro Integrado de Ciberdefesa (NICC) já estará em andamento.
O anúncio foi feito numa cimeira da organização, realizada na semana passada. Este evento, além de abordar uma multiplicidade de temas relevantes para a geopolítica atual, celebrou o 75.º aniversário da NATO.
Segundo a organização, esta instituição "reforçará a proteção das redes da NATO e dos seus Aliados, bem como a utilização do ciberespaço como domínio operacional".
A nova instalação, que ficará situada na Bélgica, dentro do Supremo Quartel-General das Potências Aliadas na Europa, visa reforçar a resiliência da aliança e a sua resposta às cada vez mais frequentes ameaças digitais.
O Centro informará os comandantes militares da NATO sobre possíveis ameaças e vulnerabilidades no ciberespaço. Além disso, irá manter contacto com as infraestruturas civis privatizadas, críticas no apoio às atividades militares.
A evolução do combate entre nações
A NATO surgiu "em resposta à ameaça representada pela União Soviética" e, embora mais de 20 países tenham aderido desde a sua criação, a organização continua empenhada em combater as ameaças das mesmas nações que faziam parte deste vínculo político.
Naturalmente, a evolução das ameaças exigiu a evolução das respostas.
Embora o combate tradicional continue a ser uma ameaça, principalmente com o atual conflito aberto que decorre na Europa, o combate digital pode ser igualmente destabilizador e destrutivo.
O "súbito" foco da organização em relação à ciberdefesa surge em contexto de preocupação com agentes de risco russos e chineses. Em outubro de 2023, a Microsoft alertou para o facto de hackers chineses se terem infiltrado em redes críticas de infraestruturas, possivelmente em preparação para ataques destrutivos num cenário de conflito.
Os atuais esforços de ciberespionagem e as campanhas de desinformação da Rússia contribuem também para o aumento da pressão nesta vertente.