Com base no último relatório da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), foi possível verificar uma diminuição de reclamações escritas, no que toca a operadoras. O estudo em questão é relativo ao segundo trimestre de 2024. Ou seja, entre os meses de abril e junho.
De acordo com a ANACOM, houve um total de 23,2 mil reclamações. No entanto, trata-se de 9% menos do que o que foi registado em 2023. Na tentativa de perceber a diminuição, é possível verificar aquilo que deixa os clientes mais e menos satisfeitos.
Os dados indicam que houve uma redução de 18% em termos de reclamações sobre comunicações eletrónicas. Pelo contrário, as queixas aumentaram em 10%, no que toca aos serviços postais. Feitas as contas, de um modo global, as queixas diminuíram.
NOS é a que tem mais reclamações e MEO a que tem menos
Para além dos dados globais, também é possível ver a relação dos portugueses com as principais operadoras. No topo da pirâmide, encontra-se a NOS, que foi quem teve mais reclamações no 2º trimestre de 2024.
Os dados são pouco abonatórios para a NOS, tanto em termos absolutos como relativos. Ao todo, foram 5,4 mil reclamações e 1,9 reclamações por cada 1000 clientes. Importa ainda destacar que 38% das queixas no setor têm a ver com serviços da NOS.
Já a grande rival MEO, por sua vez, é a que parece estar a satisfazer mais os seus clientes. Ao todo, foram 3,5 mil reclamações, o que perfaz cerca de 0,7 reclamações por cada 1000 clientes. A percentagem de queixas do setor, por causa de serviços da MEO, é de 25%, menos 13% do que a NOS.
Vodafone mais perto da NOS do que da MEO
Importa ainda referir a Vodafone, que fica na posição intermédia, entre NOS e MEO. Ainda assim, os números são mais próximos dos da NOS. Segundo a ANACOM, foram 4,9 mil reclamações e 1,3 reclamações por cada 1000 clientes.
A somar a isso, os dados obtidos no relatório também nos indicam que a operadora em questão conta com 34% das reclamações dentro do setor.
Os dados de um modo geral
De um modo geral, e como referido anteriormente, as queixas têm sido menos. Nos primeiros 6 meses do ano, foram registadas 48,4 mil queixas, o que é menos 11% do que o mesmo período, em 2023.
A grande parte das reclamações teve a ver com comunicações eletrónicas (62%). Dentro deste lote, o grande destaque vai para os problemas em aceder à Internet fixa. A ANACOM também relata problemas na resolução de reclamações ou até mesmo a na reparação de serviços.