A Nokia divulgou a sua intenção de cortar até 10 mil postos de trabalho no espaço de dois ano. O esforço de reestruturação quer dedicar mais capital no departamento de Pesquisa e Desenvolvimento para que a empresa finlandesa se destaque no mercado 5G.
O grupo empresarial da Nokia quer afirmar-se perante a sueca Ericsson e superar a chinesa Huawei, sobretudo neste período de fragilidade para a gigante asiática. Esta é a nova direção definida pelo responsável máximo da empresa, o CEO Pekka Lundmark.
Nokia quer afirmar-se no mercado de redes 5G face à Huawei
O atual CEO assumiu funções no ano passado e pretende colmatar alguns erros de percurso sob a gestão anterior que viriam a prejudicar a posição da Nokia no mercado 5G, com as suas ambições a serem frustradas e valor das ações a cair.
Face ao exposto, o homem forte da Nokia delineou e apresentou a nova estratégia em outubro último. Aí definiria quatro áreas de operação principais e afirmaria fazer "tudo o que fosse necessário" para liderar o mercado 5G numa fase em que a Huawei se encontra fragilizada.
Entretanto, a empresa deu a saber, através de comunicado à imprensa, que espera operar reestruturações cujo valor pode chegar aos 700 milhões de euros. São mudanças necessárias para se fazer cumprir a nova ambição da Nokia até 2023.
"Qualquer decisão que possa impactar os nossos colaboradores nunca é tomada ao acaso, ou de ânimo leve", afirmou Lundmark em declarações recentes à empresa. "A minha prioridade é garantir que todos os afetados têm os seus interesses protegidos durante este processo", acrescentou o CEO da Nokia.
A aposta na quinta geração de redes móveis pautará toda a Nokia
Atualmente a empresa finlandesa conta com mais de 90 mil colaboradores sob a sua alçada. No entanto, desde que a empresa foi recuperada das mãos da Alcatel-Lucent em 2016 que centenas de postos de trabalho têm sido cortados.
Espera-se, portanto, que o esforço de reestruturação venha dar continuidade a esta tendência. Até 2023 a empresa quer reduzir os custos base de operação em cerca de 600 milhões de euros e para tal reduzirá consideravelmente o leque de colaboradores.
A primeira vaga de rescisões deverá ter lugar ainda em 2021, com cerca de 5 mil postos a ser cortados nos próximos meses.
Os despedimentos não se farão sentir em França, nação onde a Nokia conta com mais de mil postos de trabalho. Por outro lado, em vários outros pontos da Europa as ações de reestruturação começarão muito em breve.
A Nokia investirá bastante na Pesquisa e Desenvolvimento
A par da redução de despesas com o pessoal, a Nokia dedicará mais atenção ao departamento de R&D (pesquisa e desenvolvimento). Esta aposta deve ajudar a empresa a criar soluções e produtos potencialmente lucrativos num futuro próximo.
Os vetores de investigação serão o 5G, as infraestruturas digitais e a aposta nos serviços cloud. São estas as novas "traves mestras" da Nokia, bastiões que a deverão ajudar a crescer na Europa e no Mundo a médio / longo prazo.
A Nokia espera assim fazer frente à sueca Ericsson no mercado de infraestruturas de redes, estando atualmente atrás desta. Note-se que nesta fase embrionária das redes 5G, há uma luta feroz entre as principais empresas do setor.
Agora, com a Huawei em grande parte restrita ao seu mercado natal, empresas como a Nokia degladiam-se por uma melhor quota neste mercado em crescimento.
Editores 4gnews recomendam:
- Nokia revela quando irá apresentar os primeiros smartphones de 2021
- HTC Wildfire E3 é o novo smartphone que não vais comprar
- Xiaomi Redmi 9A: melhor smartphone até 100 euros em promoção na Amazon