Reed Hastings, o co-CEO da Netflix, está ciente da tendência de partilha das contas deste serviço de streaming de filmes e séries online para dividir a despesa com a subscrição. Ainda que tal seja muito comum entre amigos e família, a empresa está ao corrente.
Com efeito, já no passado a Netflix afirmou querer aplacar esta prática generalizada, tal como noticiamos na 4gnews. É uma prática vantajosa financeiramente para os utilizadores, mas bastante onerosa para a empresa norte-americana dedicada ao streaming.
A Netflix será cautelosa ao limitar a partilha de contas
Por outras palavras, a partilha de contas da Netflix acaba por cativar um maior público, ou mais coloquialmente, gerar mais subscritores da plataforma. Posto isto, e apesar do sangramento das contas da empresa, não é, para já, uma némesis para a empresa em questão.
"Tem de fazer sentido para os consumidores", aponta o co-CEO. Esta é a justificativa apontada pelo responsável para a co-existência desta prática sem que medidas mais drásticas sejam tomadas pela empresa norte-americana, algo que pode vir a mudar.
Tal como aponta a publicação Deadline, a Netflix apertou ligeiramente este controlo, algo que lhe pode trazer biliões de dólares para os seus cofres. No entanto, não "apertará demasiado esse parafuso" para não frustrar em demasia os consumidores.
"Tem de fazer sentido para os consumidores" - Reed Hasting
O executivo foi questionado sobre a possível aplicação de medidas mais severas para o combate à partilha de contas. A resposta foi clara, afirmando que a empresas "vai testar várias implementações, sem nunca aplicar algo com os contornos de perseguição ou método coercivo (...) tem de fazer sentido para os consumidores, só assim será algo que podem entender".
Entretanto, tal como confirmou o COO, Greg Peters, a plataforma avançará com os testes de um novo sistema de verificação com recurso à localização geográfica.
Será um primeiro mecanismo que comparará a localização do assinante com o local em que a conta está ativa.
A plataforma não quer aplicar medidas coercivas
"Continuaremos a trabalhar no sentido de facilitar o acesso à plataforma nos países onde operamos. Mas, também queremos garantir que ao fazê-lo somos competentes ao garantir que quem usa uma conta Netflix, e usa o serviço, está devidamente autorizado a fazê-lo. Esse é o objetivo dos testes, não sendo propriamente algo novo.
A Netflix ficou muito aquém das previsões apontadas para o volume de subscritores. Segundo o relatório oficial a empresa tem agora 208 milhões de assinantes espalhados pelo mundo.
Por fim, de acordo com o analista de mercado Jason Bazinet da Citibank, a Netflix perderá cerca de 6 biliões de dólares por ano ao tolerar a prática de partilha de contas.
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