Namoros com IA: especialista tech acredita que é a próxima grande revolução

Luís Guedes
Luís Guedes
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Há quem considere que já não deve faltar muito tempo para que seja criada uma nova aplicação de namoro. A diferença é que, neste caso, a grande diferença é que se espera ter, de um lado, um ser humano, e do outro, uma figura gerada por Inteligência Artificial (IA).

Quem acredita nisso é Gren Isenberg, CEO da Late Checkout. O especialista tecnológico parte da sua experiência própria para fundamentar a sua opinião. Segundo este, conheceu uma pessoa em Miami que “admitiu que gasta 10.000 dólares por mês em namoradas de IA” (via New York Post).

Numa fase inicial, o próprio ainda pensou que se tratasse de uma brincadeira. No entanto, o relato seria mesmo verídico. De acordo com a mesma fonte de informação, o “apaixonado” por uma namorada de IA era um jovem de 24 anos.

Quanto à sua relação virtual, o rapaz compara-a a um simples jogo de consola. Na sua visão, enquanto “algumas pessoas jogam videojogos, eu jogo com namoradas de IA”.

O utilizador consegue controlar as características pessoas do parceiro de IA

Namorado AI Copilot
Imagem Ilustrativa (via Copilot)

Segundo conta Isenberg, o jovem ter-lhe-á dito que o facto de poder controlar as características da namorada é algo que o atrai. Ainda que seja de uma forma digital, o objetivo principal é alcançado: “conforto no final do dia”.

Com base na experiência que ouviu, o CEO da Late Checkout destaca dois sites em particular que são cada vez mais usados: Candy.ai e Kupid.ai. Através destes sites, as conversas são personalizadas e podem acontecer, inclusive, através de mensagens de voz.

É certo que não é a primeira vez que se fala em relações virtuais, mas para Isenberg foi um verdadeiro choque. Tanto assim é que este considera que alguém vai construir uma versão IA do Match Group. Na sua ótica, essa aposta conseguirá gerar mais de 1000 milhões de dólares.

Isenberg acredita que a Match Group poderá investir num conceito de app baseado em IA

Recorde-se que a Match Group é responsável por aplicações como o Tinder, Hinge e outras. Tal como refere o New York Post, o facto de se poder moldar o companheiro de IA consoante as preferências faz com que este recurso possa ser amplamente difundido.

A título de curiosidade, houve uma pesquisa recente que deu conta das interações entre ser humano e chatbot. Os dados foram recolhidos pela Infobip e permitiram concluir que cerca de 20% dos americanos já enviaram mensagens de flirt para apps como o ChatGPT, por exemplo.

Com base nesses mesmos dados, do lote que já enviou esse tipo de mensagens, 47,2% tê-lo-á feito por curiosidade. Já 23,9% fez por se sentir só e procurar algum tipo de interação.

Como relata o New York Post, outro dado sobre a pesquisa é que mais de 12% dos utilizadores procuravam conversas sexuais através do chatbot.

Luís Guedes
Luís Guedes
É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.