Já passou algum tempo desde que Elon Musk adquiriu o Twitter, atual X. O problema é que, para alguns bancos, esse está a ser um dos negócios mais ruinosos desde a crise financeira de 2008.
Quem o refere é o próprio The Wall Street Journal (TWSJ). Isto porque, para a compra em questão acontecer, em conjunto, gigantes como o Barclays, o Bank of America ou o Morgan Stanley emprestaram cerca de 13 mil milhões de dólares a Musk.
Barclays e companhia não estão a conseguir "vender" a dívida
Como refere a mesma fonte, o normal, neste tipo de casos, é os bancos acabarem por vender a dívida a outros investidores. A questão é que, supostamente, as finanças do Twitter estão tão em baixo que nem isso está a ser possível fazer (via Futurism).
Na prática, isto quer dizer que bancos como o Barclays ficam com o empréstimo “pendente”. Importa destacar que a comparação que o TWSJ fez com a crise de 2008 era tudo menos uma questão figurativa.
Aparentemente, os empréstimos "estão suspensos há mais tempo do que qualquer acordo semelhante não vendido desde a crise financeira de 2008-09, do qual a empresa de pesquisa tem registos completos".
O que vale o Twitter agora?
Olhar para os números do X, antes e depois da compra de Elon Musk, é olhar para valores completamente diferentes. Isto porque, antes do também CEO da Tesla adquirir o Twitter, este valia 44 mil milhões de dólares. Agora, vale cerca de 12,5 mil milhões de dólares.
Feitas as contas, é pouco mais do que 25% do valor anterior. Posto isto, torna-se interessante refletir o motivo que está por detrás disto. Há quem alegue questões comportamentais de Elon Musk, ou até algumas mudanças feitas na plataforma que não estejam a agradar o utilizador.
A somar a isso, tem-se também observado uma queda de receitas publicitárias, o que sempre foi algo importante para o Twitter. Essa “debandada” fez com que Musk tenha processado algumas parcerias, já que, no seu entender, alegadamente, boicotaram a própria plataforma.
As repercussões nos bancos que emprestaram dinheiro a Musk
Segundo o Futurism, este negócio “desastroso” fez com que o Bank of America e o Morgan Stanley se deixassem ultrapassar por concorrentes como o JP Morgan ou o Goldman Sachs. Bancos estes que não emprestaram dinheiro a Musk, saliente-se.
No mesmo sentido, também os banqueiros do Barclays têm motivos para estar arrependidos. Ao que consta, os salários de alguns dos principais elementos da empresa baixaram 40%.
Resta esperar para ver se a situação é invertida, no entanto, a tendência que temos visto, nos últimos tempos, não é essa.