Os radares nas estradas servem para reduzir a sinistralidade rodoviária. No entanto, já se sabe que, com isso, as precauções com velocidade têm de ser maiores. Isto, também de forma a evitar multas.
Por falar em multas, consta que mais de 215 000 condutores em Portugal foram apanhados em excesso de velocidade. O número em questão é relativo ao período que compreende janeiro e maio de 2024 (via RTP).
De acordo com os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), trata-se de um valor bem superior ao do ano transato. Em relação a 2023, houve um aumento de 40%, tal como a ANSR divulgou, esta quinta-feira.
Os números da ANSR, de um modo prático
As percentagens já nos permitem perceber que o aumento é significativo, mas os números reais podem ajudar ainda melhor a explicar a situação. Em 2024, do mês 1 ao mês 5, foram fiscalizados 92 402 878 carros pelos radares em Portugal. Em 2023, esse número foi manifestamente inferior, com 51 461 809 fiscalizações.
"De janeiro a maio de 2024 foram fiscalizados 96,3 milhões de veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática, tendo-se verificado um aumento de 70,7% em relação ao período homólogo de 2023” - pode ler-se num documento oficial da ANSR.
O aumento das multas, em números reais
Mais do que a fiscalização, a parte que “dói” mais aos condutores já se sabe que são as multas. Nos primeiros cinco meses do ano, foram 216 656 por excesso de velocidade, face às 154 063 verificadas em 2023, em período homólogo.
A parte positiva é que, com base nesse mesmo relatório, a criminalidade rodoviária desceu 41,2% face a 2023. Isso faz com que cerca de 8 900 condutores tenham cometido ilegalidades rodoviárias. Dentro deste grupo, a condução sob efeito do álcool é a “fatia” mais preponderante.
A ANSR acrescenta ainda que, até ao mês de maio deste ano, perto de 700 000 condutores perderam pontos na carta de condução.
