O WhatsApp é a plataforma de comunicação e mensagens instantâneas mais usado no mundo, com mais de dois mil milhões de utilizadores ativos. Independentemente dos seus defeitos e virtudes, a sua popularidade em 2021 é inquestionável.
O seu uso é, por vezes, levado ao extremo como o presente caso de uma mulher residente em Lugo, Espanha, que após ameaçar o ex-patrão e tentar extorquir-lhe dinheiro acabou detida pelas forças de autoridade. A ameaça foi veiculada pelo WhatsApp.
Através do WhatsApp, ameaçou revelar informações da empresa
O caso é avançado pela publicação espanhola Confilegal que dá conta da tentativa de extorsão de 2 000 euros ao antigo patrão para não revelar informações sensíveis da empresa. O caso foi entregue aos agentes do grupo de unidade de delinquência especializada e violente (UDEV), ramo das forças de autoridade espanhola dedicada a extorsões, burlas e outros delitos nas redes.
A infratora ameaçou ligar a todos os clientes da empresa, fornecendo-lhes dados e informações prejudiciais para antiga entidade patronal. A mulher residia em Lugo, cidade do norte de Espanha e terá ameaçado o seu antigo chefe via WhatsApp.
Após as investigações, a Polícia Nacional acabou por deter a meliante que terá exigido uma quantia de 2 mil euros a ser depositada na sua conta. A acusada terá trabalhado nessa empresa durante poucos meses e, após o período de experiência, foi dispensada.
Tentativa de extorsão resulta na prisão de mulher em Espanha
Insatisfeita com o desfecho, dias após ter cessado funções, através do WhatsApp ter-se-á dirigido ao proprietário da empresa e antigo chefe, intimando-o a depositar a quantia supracitada. Ao que este recusou e entregou o caso às forças de autoridade.
O empresário denunciou o sucedido ao ramo de delitos informáticos da Polícia Nacional que, após breve investigação, reuniu provas suficientes para privar a mulher de liberdade.
A política aproveitou a ocasião para denunciar um aumento nestes tipos de ilícitos. À medida que usamos cada vez mais soluções como o WhatsApp e outras plataformas online, também estes canais são usados para infringir a lei.
Em Portugal verifica-se a mesma tendência
Colhendo o testemunho de Tiago Milheiro, juiz de direito, dedicado à instrução criminal no Tribunal Judicial de Guimarães, explica ao jornal I que "a criminalidade nas redes sociais aparece já com muita frequência nos tribunais portugueses". São sobretudo casos de difamação, ciberbullying, burla e extorsão os casos mais comuns."
Por fim, também em Portugal, consoante o tipo de ilícito, é previsto no Código Penal a pena de multa, ou prisão.
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