Motorola e Asus precisam seriamente de mudar a sua filosofia

Filipe Alves
Filipe Alves
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A Motorola e a Asus são duas das marcas com um enorme impacto no segmento mobile do Brasil. Em Portugal e na Europa, os smartphones de ambas empresas continuam a não ter o sucesso desejado e há boas razões para tal acontecer.

A facilidade de comprar gadgets oriundos da China na Europa sem as taxas absurdas do Brasil faz com que a demanda de terminais asiáticos sejam cada vez mais e é considerado normal ver um terminal "desconhecido" no bolso dos europeus. Xiaomi, Elephone, Oukitel e por aí fora, estão a fazer um trabalho de qualidade para o preço dos dispositivos.

Vê ainda: De acordo com os rumores, a Samsung lançará o próximo Samsung Galaxy A5 (2018) com um ecrã ponta-a-ponta, ou seja, menos margens na parte frontal o que lhe dá um "look" futurístico.

Não é só a Samsung que o está a fazer. A LG já lançou o seu Q6 (vídeo abaixo) que conta com tais características, a marca francesa Wiko também já revelou o seu e as empresas oriundas da China estão cada vez a investir mais neste novo design.

Tanto a Motorola como a Asus parecem paradas no tempo no que toca ao design já há muitos anos. Os novos Motorola Moto G, ou mesmo o "Z", tem linhas que já vimos no passado vezes sem conta. Enquanto que vimos uma evolução significativa na gama "A" e "S" da Samsung, ou mesmo na gama "G" e "Q" da LG, a Asus e Motorola continuam fechadas e a oferecer um design pouco irreverente.

Isto significa que as empresas ou pensam seriamente em mudar o seu design, ou as coisas podem estar perto a dar mal.

A Motorola está pior do que a Asus nesta situação!

A Motorola está num cenário ainda pior. Os Moto Snaps (ou Moto Mods) são uma evolução interessante para 2015, contudo, estes Snaps obrigam que o design do smartphone não mude na parte traseira. Ou isso, ou perderão a confiança nos utilizadores que investiram forte em acessórios por acreditar que seriam compatíveis com os próximos modelos.

Pior do que isso, é que a Motorola implementou o leitor de impressões digitais na parte frontal do dispositivo, isto é, para aumentar o ecrã para 18:9 o sensor biométrico terá de ser alterado para outro local. A maior parte das empresas tem optado pela traseira do terminal, mas lembremo-nos que os Moto Snaps não permitirão essa implementação na gama "Z".

A Asus está numa situação mais vantajosa. A empresa já utiliza a parte traseira de vidro, que dá para implementar carregamento sem fios nos modelos seguintes, já nos dá um design premium em terminais de baixo valor e apenas precisa de melhorar no seu ecrã e User Interface que continua uma desgraça.

Quero concluir dizendo que sou um enorme fã do trabalho de ambas as empresas, contudo, acredito que a Motorola e Asus ou mudam rapidamente a filosofia para acompanhar os gama-média da Samsung e os smartphones oriundos da China, ou então teremos uma sensação de "déjà vu" quando as virmos novamente perto da fracasso no sector mobile.

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Filipe Alves
Filipe Alves
Fundador do projeto 4gnews e desde cedo apaixonado pela tecnologia. A trabalhar na área desde 2009 com passagens pela MEO, Fnac e CarphoneWarehouse (UK). Foi aí que ganhou a experiência que necessitava para entender as necessidades tecnológicas dos utilizadores.