MIUI 12.5: mais bela e rápida, eis a interface do Xiaomi Mi 11

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 4 min.

A Xiaomi deu hoje (28) a conhecer grandes novidades durante o seu evento em Pequim, na China. Aí ficamos a conhecer o Xiaomi Mi 11, o primeiro smartphone do mundo com o Snapdragon 888, bem como a mais recente versão da sua interface, a MIUI 12.5.

Trata-se de uma versão incremental para a MIUI 12, com várias melhorias e otimizações de desempenho, além de novas funções que permitirão aos utilizadores tirar mais proveito dos respetivos dispositivos móveis. Tem como base o Android 11 da Google.

As grandes novidades da MIUI 12.5

Há um grande reforço da privacidade do utilizador e salvaguarda das informações pessoais. Há também uma notória otimização na gestão de aplicações abertas e respetivo impacto na memória RAM, bem como as novas ferramentas de produtividade.

Com efeito, a pensar nos utilizadores mais exigentes, a MIUI 12.5 permite receber notificações - aceder às mesmas - e trabalhar mais e melhor com o dispositivo móvel emparelhado com computadores Windows. Esta é uma das maiores novidades para quem trabalha remotamente, uma sincronização simples entre smartphone e PC, idónea para o teletrabalho.

A MIUI 12.5 é uma "grande atualização"

Os responsáveis da Xiaomi clarificaram também que apesar de o nome poder indicar uma ligeira atualização incremental, esta é, na verdade, uma grande melhoria. A fabricante não revelou o porquê de não a apelidar de MIUI 13 - poderá basear-se na superstição associada ao número 13 - mas garantiu que este update é um dos maiores dos últimos tempos.

A interface ou skin da Xiaomi foi amplamente comparada com o iOS da Apple durante toda a apresentação. Algo que já é hábito no seio desta fabricante chinesa, recaindo aqui a tónica nos efeitos de transição que a Xiaomi considera "serem os mesmos".

Isto é, com amais recente versão da sua interface teremos um ambiente e experiência de utilização ainda mais inspirado na skin da Apple, mantendo-se baseada no Android da Google. Aliás, esta versão já tem por base a mais recente versão, o Android 11.

A Xiaomi tem a interface mais "limpa" no mercado Android

Continuando a comparação com o iOS 14 da Apple, a Xiaomi quase louvou este interface rival pela sua simplicidade e leveza. Em seguida colocou a tónica na quantidade de aplicações de sistema proprietárias. Isto é, aplicações desenvolvidas pelas próprias fabricantes, em que a Xiaomi se destaca por ser a que menos apps de raiz coloca na sua interface proprietária, a MIUI.

A comparação foi ampla, com o iOS em primeiro lugar, seguindo-se a EMUI 11 da Huawei, a Color OS da OPPO, bem como as implementações desenvolvidas pela Vivo e Meizu, respetivamente.

A MIUI 12.5 usa menos memória e consome menos energia

A gigante chinesa fez saber que toda a estrutura da MIUI, todo o core foi reescrito e otimizado para usar até menos 20% de memória durante as tarefas e consumir até menos 25% de energia. Isto traduz-se em maior velocidade e melhor autonomia de bateria.

Opera-se ainda uma redução de até 35% na memória utilizada em segundo plano, algo que também contribuirá em larga medida para que um smartphone seja mais rápido. Note-se que isto beneficiará todos os smartphones que recebam a MIUI 12.5.

Por fim, se tivermos em conta que poucas aplicações pré-instaladas estão presentes nesta interface, estamos efetivamente perante uma grande atualização. Algo que poderá dar nova vida aos smartphones Xiaomi mais antigos e eleitos para o update.

Sem bloatware, mas com cor, vida e som!

A MIUI 12.5 foi um dos maiores destaques da apresentação da Xiaomi, com Lei Jun a elogiar a sua elegância, simplicidade e beleza. O utilizador encontrará novos papéis de parede (wallpapers) dinâmicos inspirados nas paisagens naturais da China.

Há também novos sons de notificação, para múltiplas aplicações e eventos do smartphone, com quatro pacotes de som inspirados em várias zonas do globo. Por outras palavras, poderás dar um toque exótico ao teu smartphone Xiaomi com a MIUI 12.5.

A segurança foi outro dos destaques. O utilizador saberá exatamente a que tipo de informações cada aplicação tem direito. A partir daí poderá impedir as mesmas de aceder à sua localização, dados privados e área de transferência, além de não guardar as palavras-passe, nem outras informações como dados de autenticação que considere demasiado sensíveis.

A MIUI 12.5 está em fase de beta fechada

Por fim, relembramos que de momento a MIUI 12.5 encontra-se em fase de beta fechada, disponível apenas na China. Será, contudo, uma questão de tempo até que chegue igualmente à Europa, com os Xiaomi Mi 10, Redmi K30, Redmi Note 7 e até o Xiaomi Mi 9 a estarem entre os primeiros a usufruir de uma disponibilidade alargada.

Assim que os testes comecem fora da China também o daremos a conhecer aos nossos leitores.

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.