Meta reformula a sua estratégia de IA
Depois de vários contratempos na área da inteligência artificial, a Meta decidiu avançar por um novo caminho. Segundo o New York Times, a empresa vai criar um novo laboratório de investigação dedicado ao que chamaram de super inteligência.
Ainda em fase muito inicial, a ideia é que esta inteligência artifical ultrapasse a inteligência humana.
Mark Zuckerberg convidou Alexandr Wang, fundador e CEO da Scale AI, para se juntar a este novo projeto. A entrada de Wang faz parte de uma reorganização mais ampla dos esforços da Meta na área da IA.
O que é a super inteligência?
A super inteligência é uma forma teórica de inteligência artificial que ultrapassa as capacidades humanas. No entanto, ainda não há uma definição clara da capacidade da inteligência humana, e é, por isso, difícil reconhecer quando é que se alcançou esta super inteligência.
Mesmo assim, figuras como Sam Altman (Open AI), Elon Musk (Tesla, Space X) ou o próprio Zuckerberg (Meta), continuam a afirmar que a IA será mais inteligente do que nós num futuro próximo.
Meta compra 49% da Scale AI
Como parte desta nova estratégia, a Meta vai adquirir 49% da startup Scale AI por cerca de 13 mil milhões de euros (quase 15 mil milhões de dólares), segundo o site The Information. Fundada em 2016, a empresa fornece grandes quantidades de dados, essenciais para treinar modelos como o ChatGPT.
A Scale AI já trabalhou com empresas como a OpenAI, a Microsoft e a Cohere, e posiciona-se agora como uma peça central na nova aposta da Meta.

Promessas futuristas
A ideia de IA que consegue desenvolver tecnologia sozinha está a ganhar força como argumento de investimento.
O investimento na Scale AI acontece num cenário de grande concorrência entre as gigantes tecnológicas. A Meta tem oferecido salários muito elevados para atrair investigadores de empresas rivais, como a OpenAI e a Google. Isto numa tentativa de salvar a sua divisão de IA, que enfrentou várias críticas internas e falhas em lançamentos como o caso do Llama 4.
Apple recorre ao ChatGPT após atrasos com a Siri
A Meta não é a única gigante tecnológica com dificuldades na área da inteligência artificial. A Apple também enfrenta atrasos no desenvolvimento da nova versão da Siri, que só deverá chegar em 2026. Tal como aconteceu com o Llama 4 da Meta, o adiamento da assistente está a gerar tensão interna e críticas à estratégia da empresa. Enquanto a nova Siri não está pronta, a Apple começou a integrar o ChatGPT nos seus dispositivos, recorrendo a modelos como o GPT‑4o integrados com a Apple Intelligence.
Quem lidera neste momento a corrida da IA?
A Meta está a tentar posicionar‑se junto de rivais como Microsoft, Google e Amazon. Enquanto que a Apple se está a focar na privacidade na integração da IA com os seus produtos, mas os atrasos na Siri têm levantado dúvidas quanto à sua competitividade.
A corrida pela super inteligência é mais recente e também mais incerta, mas já está a moldar o futuro das maiores empresas tecnológicas.