Ao contrário do que tinha sido planeado, a Mercedes vai continuar a disponibilizar um mix entre carros elétricos e veículos com motor de combustão. Recorde-se que o plano da marca alemã era ter uma oferta 100% elétrica, até ao ano de 2030.
O anúncio foi feito no ano de 2021, contudo, face ao panorama atual, a Mercedes reconsiderou as suas ideias. Um dos motivos para tal acontecer relaciona-se com o fator preço. De acordo com Ola Källenius, CEO do grupo, ainda estamos longe de uma era em que carros elétricos custam o mesmo de veículos a gasolina (via Tech Radar).
O CEO da Mercedes espera que, até ao fim da década de 20, 50% das vendas sejam de VE’s ou híbridos plug-in
Ainda assim, Källenius não esquece as diferentes necessidades dos consumidores. Nesse sentido, mantém vivo o objetivo de ter uma transmissão 100% elétrica ou um motor de combustão eletrificado, até aos inícios da década de 30.
Neste momento, todos os prognósticos não passam de isso mesmo, prognósticos. No entanto, a referência que o representante da Mercedes tem em mente aponta para que, até ao fim da década de 20, cerca de metade das vendas globais sejam de veículos elétricos ou híbridos plug-in.
Aparentemente, daquele que é o panorama global, não se pode dizer que o desaceleramento de produção de carros 100% elétricos é exclusivo da Mercedes. Como refere a mesma fonte de informação, um grande defensor dos híbridos modernos é o CEO da Toyota, Akio Toyoda, que constata este problema já há algum tempo.
A Mercedes tem tido lucros brutos mais baixos
Como se costuma dizer na gíria, os números não mentem. E por falar em números, no caso da Mercedes, a marca tem explicação para lucros brutos mais baixos do que o esperado em VE’s: inflação mais alta, custos da cadeia de suprimentos e despesas com tecnologia.
Deverá ser feita uma aposta forte em híbridos modernos
Para este reajuste a híbridos modernos, poder-se-ia pensar que era o próprio público que começava a mostrar menos interesse por veículos 100% elétricos. No entanto, não é bem assim.
Como sugere um relatório da Bloomberg, pode-se estimar que, em 2024, se irão vender cerca de 16,7 milhões de carros elétricos. De um ponto de vista comparativo, representa mais 22% do que no ano de 2023.
Em suma, parece que, por enquanto, a aposta em modelos híbridos modernos pode ser uma estratégia, não só da Mercedes como de outras marcas. A vontade em ter veículos elétricos é cada vez maior, mas como diz a Tech Radar, este processo deverá ser, mais do que uma corrida, uma “maratona”.
