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Mercado de TV em Portugal abranda, mas a DIGI pode ajudar a mudar o jogo

Bruno Coelho
Bruno Coelho
Tempo de leitura: 2 min.

O mercado da televisão por subscrição em Portugal está a abrandar. Segundo a ANACOM, atingiu o menor crescimento anual desde 2006. No final do quarto trimestre de 2024, o país contava com 4,7 milhões de assinantes, um aumento de apenas 1,5% em relação ao período homólogo.

Este valor corresponde a 69 mil novos clientes. É um abrandamento que acontece num mercado já bastante saturado, com uma penetração de 97,1 subscrições por 100 famílias no segmento residencial.

Fibra ótica impulsiona o mercado, mas a um ritmo menor

A fibra ótica (FTTH/B) continua a ser a tecnologia dominante. Esta representa 66,6% do total de assinantes. No entanto, mesmo a FTTH/B, que tem sido o principal motor de crescimento, regista agora o menor aumento anual desde 2007, com um crescimento de 5,8%. Este abrandamento demonstra que o mercado está a atingir um ponto de saturação. Ou seja, há cada vez menos espaço para novos clientes.

A MEO lidera o mercado com uma quota de 41,9%. É seguida pela NOS com 36,0%, Vodafone com 19,4% e Grupo DIGI/NOWO com 2,6%. A MEO e a Vodafone foram os operadores que mais ganharam clientes, enquanto a NOS perdeu quota de mercado. No segmento residencial, a MEO e a NOS dominam. Já no segmento não residencial, a MEO detém mais de metade dos assinantes.

Low cost sem TV: uma nova dinâmica?

Neste mercado onde o crescimento tem abrandado, as operadoras low cost, como a DIGI, Woo, Amigo e UZO, podem vir a desempenhar um papel crucial. Estas operadoras fornecem pacotes sem televisão e podem atrair clientes que procuram opções mais económicas e flexíveis.

Esta mudança de paradigma impulsionada pelas lowcost pode ajudar a atrair um segmento de clientes que até agora não se sentia representado pelas ofertas tradicionais das grandes operadoras. A flexibilidade e os preços competitivos destas novas ofertas poderão ajudar a que os utilizadores tenham menor resistência a fazer contratos, que também passaram a ter fidelizações a começar nos 3 meses. Nos próximos trimestres teremos dados mais concretos.

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Bruno Coelho
Bruno Coelho
Está na 4gnews desde 2017, onde dá asas à sua paixão por escrever sobre as novidades tecnológicas. Durante esse período já fez mais de 100 reviews e marcou presença em alguns dos grandes eventos tecnológicos, como a Mobile World Congress e IFA.