As últimas notícias sobre o primeiro implante da interface cérebro-computador da Neuralink não são nada animadoras.
Numa entrevista dada ao The Wall Street Journal, Noland Arbaugh, o voluntário desta experiência, afirmou que 85% dos fios ligados ao córtex motor estão agora desconectados.
Neuralink prefere evitar cirurgia e quer mais informações
De acordo com declarações do voluntário da experiência ao órgão de comunicação norte-americano, a Neuralink já informou Nolan Arbaugh que prefere evitar uma cirurgia e que o plano agora é reunir mais informações.
Recorde-se que os 64 fios do implante N1 BCI – que são mais finos que um fio de cabelo – foram inseridos a apenas alguns milímetros do córtex motor. Cada um destes fios conta com 16 elétrodos que conseguem transformar a atividade neural do paciente em comandos de computador.
Ao que tudo indica, 870 dos 1024 eletródos neste implante não estão operacionais. Arbaugh adiantou também ao The Wall Street Journal que a Neuralink resolveu alguns problemas inciais de desempenho através de uma atualização over-the-air do software.
Melhorias feitas não resolvem os problemas
No início deste mês, de forma bastante discreta, a Neuralink divulgou que “uma modificação no algoritmo de gravação permitiu que o dispositivo de Nolan Arbaugh se tornasse mais sensível aos sinais neurais, melhorando as técnicas para traduzir esses sinais em movimentos do cursor também a interface do utilizador”.
No entanto, o site The Register mostra o outro lado “da moeda”. Esclarece este site que tal “potencialmente deixa apenas nove ou dez dos 64 threads originais em condições de funcionamento”.
Estes efeitos sentidos por Nolan Arbaugh confirmam notícias anteriores que avançavam que a Neuralink está ciente, há muitos anos, sobre o potencial do seu implante para se movimentar dentro de um crânio de uma pessoa.
Ainda assim, a Neuralink garante que está ainda “na fase inicial do estudo PRIME” e que planeia “fornecer atualizações adicionais à medida que continua a trabalhar com o primeiro participante, assim como com outros participantes no futuro”.