A Amazon anunciou que, a partir de janeiro de 2024, os seus funcionários corporativos irão retornar ao escritório cinco dias por semana, encerrando o modelo híbrido adotado pela empresa durante a pandemia. Desde junho de 2023, a Amazon havia permitido que os colaboradores comparecessem ao local de trabalho apenas três dias por semana. No entanto, o CEO Andy Jassy acredita que "as vantagens de estarmos juntos no escritório são significativas" e, agora, procura um retorno completo ao trabalho presencial.
Uma decisão com base na eficiência do ambiente presencial
Numa mensagem publicada online, Jassy destacou que o convívio presencial facilita a aprendizagem, a colaboração e o fortalecimento da cultura organizacional:
“Temos observado que é mais fácil para nossos colegas aprender, modelar, praticar e fortalecer a nossa cultura. Colaborar, discutir ideias e inventar é mais simples e mais eficaz; aprender uns com os outros é mais fluido, e as equipes tendem a estar melhor conectadas”. - Andy Jassy
O CEO reiterou que os últimos 15 meses de trabalho híbrido reforçaram a convicção sobre os benefícios de trabalhar no escritório, que acabou por solidificar a sua decisão de retornar a esse modelo. Jassy também reconheceu que alguns colaboradores terão que, naturalmente, fazer ajustes nas suas vidas pessoais para atender à nova exigência. Para facilitar essa transição, a empresa estabeleceu o dia 2 de janeiro de 2024 como data limite para que todos retornem, permitindo um tempo de adaptação para mudanças na rotina dos funcionários.
A reação dos trabalhadores e o contraste com a concorrência
Ainda que a Amazon tenha estabelecido um prazo 'demorado' para este retorno, a decisão não foi bem recebida por parte da equipa afetada. Segundo o New York Times, alguns funcionários usaram os canais internos de comunicação da empresa para expressar insatisfação, descrevendo a mudança como “muito deprimente e desmotivadora”. Outro funcionário comentou que a política de retorno dificultaria o objetivo da empresa se tornar “a melhor empregadora do mundo”.
Além disso, a Amazon deixou implícito no final do ano passado que resistir a essa política de retorno presencial poderá impactar as oportunidades de crescimento na carreira dentro da empresa. A medida coloca a empresa em contraste com outras gigantes da tecnologia, como a Apple, a Microsoft, a Google e a Meta, que adotam modelos híbridos, exigindo presença no escritório apenas dois ou três dias por semana.