Lojas Xiaomi em Espanha comprometem a privacidade dos consumidores

Filipe Alves
Filipe Alves
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A Xiaomi atacou o mercado europeu ao abrir lojas físicas espalhadas pelo nosso Continente. Espanha foi um dos países escolhidos para albergar algumas das lojas da fabricante chinesa.

Assim sendo, os nossos vizinhos não precisam de fazer um filme para comprar os produtos da jovem empresa chinesa. Podem passar num retalhista, tal como em Portugal, ou podem dirigir-se a uma loja oficial da marca.

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As lojas oficiais tem mais produtos, mais stock e, consequentemente, um formato de garantia (teoricamente) melhorado. Ou seja, os consumidores deveriam-se sentir mais seguros ao obter os seus smartphones e produtos na loja física da Xiaomi.

Contudo, nem tudo é o que parece. A empresa chinesa está em cheque porque partilhou (de forma séria) a informação da lojas, dos consumidores e dos fornecedores a todos aqueles que assim quiseram ver.

Xiaomi precisa de ter um pulso mais firme e pedir responsabilidades face este problema

Passo a explicar. Duas das lojas da Xiaomi utilizaram uma conta gmail da loja para dar acesso à Google Play Store aos equipamentos em exposição. Isto não é algo novo, para oferecer todas as funcionalidades dos smartphones Android, as lojas normalmente criam uma conta só para este tipo de equipamentos.

Contudo, a conta utilizada é a mesma que as lojas utilizavam para fins empresariais. Ou seja, um cliente que clicasse no Gmail de um smartphone de exposição tinha acesso a todos os emails entre as lojas e os seus fornecedores.

O Google Fotos mostrava uma quantidade de recibos que tinham as informações de faturação da loja e, pior ainda, a informação detalhada de cada pessoa que comprou um terminal na loja em questão.

Isto é estupidez no seu pleno. A Xiaomi já se pronunciou sobre a situação indicando que leva a privacidade dos seus clientes e fornecedores a sério e que a situação já está resolvida. Não sabemos até que ponto os clientes ou fornecedores foram afetados pela situação.

É impressionante ver tamanha desorganização numa das maiores empresas do mundo. Embora o problema não seja diretamente da Xiaomi, porque as lojas são franchising, não deixa de ser o nome da marca que está a ser posto em causa. A Xiaomi precisa de ter um pulso mais firme e pedir responsabilidades face este problema

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Filipe Alves
Filipe Alves
Fundador do projeto 4gnews e desde cedo apaixonado pela tecnologia. A trabalhar na área desde 2009 com passagens pela MEO, Fnac e CarphoneWarehouse (UK). Foi aí que ganhou a experiência que necessitava para entender as necessidades tecnológicas dos utilizadores.