Não é nenhum segredo que os passados meses têm sido, no mínimo, bastante atribulados para a gigante sul-coreana. Contudo, a situação ainda pode piorar bastante, desta vez no seio da própria marca.

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O ministério público sul-coreno está a construir um caso contra Lee Jae-yong, o líder efetivo da Samsung. Com base em alegações e suspeitas de corrupção e subornos, entre outras práticas ilícitas. De acordo com os investigadores sul-coreanos, o senhor Lee Jae-yong estaria diretamente envolvido nos pagamentos feitos a um dos aliados da atual primeira-ministra, entretanto deposta através do impeachment.

Estes subornos serviriam para garantir a aprovação estatal de várias decisões estratégicas tomadas pela Samsung no decurso dos últimos anos.

O processo carece ainda de aprovação dos tribunais sul-coreanos e a Samsung ainda não emitiu nenhuma pronúncia oficial em resposta às acusações do ministério público.

Contudo, depois de deporem uma primeira-ministra com base em comprovada participação em esquemas de corrupção e outros ilícitos, o sentimento geral na Coreia do Sul não está nada favorável a qualquer suspeito de práticas semelhantes.

Caso este processo dê entrada no sistema judicial sul-coreano e o próprio líder da Samsung seja investigado, correndo mesmo o risco de enfrentar uma pena de prisão, toda a Samsung poderá sofrer um pesado rombo.

A gravidade da situação é particularmente notória pelo facto de toda a liderança da Samsung estar bastante consolidada em torno da família Lee, um enclave com extenso poder na esfera económica da Coreia do Sul. Caso a empresa tenha que repensar a sua liderança isto pode transmitir ondas de incerteza por todo o país, sobretudo numa nação em que a Samsung é praticamente uma instituição, um ex-libris.