Lenovo Z5 (ZUK Z5) - Porque é que as empresas nos mentem?

Pedro Henrique
Pedro Henrique
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Anteontem, assistimos à apresentação de mais um smartphone que vai ser introduzido no mercado, o Lenovo ZUK Z5. E todos, ou quase todos, nos deparámos com um hype gigante em torno deste equipamento.

Se não estiveste atento, fazemos-te aqui um resumo daquilo que a marca chinesa prometia. Sublinho, prometia.

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  • Ecrã de 95% screen-to-body ratio, sem monocelhas, conforme as imagens que ia divulgando;
  • Capacidade de utilização do smartphone até 45 dias;
  • Armazenamento até 4 terabytes.

Há uma ressalva. a empresa nunca disse que essas seriam especificações do smartphone, mas também nunca disse que não seriam. Logo, todo o hype criado levaria os leitores associariem estas características a mais um smartphone revelação.

Relativamente aos 45 dias de uso, os mesmos refletiram-se num novo smartwatch da marca. Por outro lado, os 4 terbytes de memória estariam associados a um novo disco externo apresentado pela construtora com sede em Hong Kong.

Lenovo Z5 (ZUK Z5) terá sido tudo aquilo que a marca parecia dizer que não seria...

Ora, nenhuma destas características se confirmou. Mas porquê? Porque é que a Lenovo mentiu acerca do seu próprio produto? É fácil, explico-te num instante.

Preto no branco, no mercado mobile a Lenovo não tem nada a perder. No que toca a smartphones, não é uma gigante e ainda é muito pouco conhecida, logo, criar tanto alvoroço à volta de um smartphone vai fazer com que os utilizadores se questionem acerca dos smartphones criados por esta marca.

Assim, através da “mentira” e do impacto que esta provoca, faz-se mostrar e que tem todo um leque de equipamentos que podem satisfazer todo o tipo de necessidades. Até hoje, só me lembrava do glorioso ZUK Z2 Pro, que apesar de ter tido as atenções desviadas pelo Xiaomi Mi 5, não deixava de ser um bom smartphone.

Há quem diga que até era superior ao Mi 5. No entanto, agora, após este teatro, fiquei a conhecer mais sobre a gama da Lenovo.

Voltando ao Z5, não interpretem mal, este equipamento é um excelente smartphone no que toca ao rácio de qualidade/preço. Contudo, infelizmente, não correspondeu às espectativas que o seu criador fez instalar no mundo dos entusiastas.

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Em resumo, tudo isto não foi mais do que uma grande estratégia de Marketing, que por um lado mentiu, mas que por outro, fez difundir o nome da empresa.

Olhemos agora por outro lado do espectro, Google. Já instalaste a nova app Google Lens? Eu já, e pura e simplesmente, não funciona. Aqui, temos a gigante, a mãe do Android, que basicamente, fez exatamente o que a Lenovo fez.

Eu tenho um LG V20, um flagship e mesmo assim, a aplicação da qual a empresa de Silicon Valley tanto se orgulha, não funcionou. Seria assim tão difícil para a Google primeira lançar uma versão Beta e depois sim, difundi-la de forma global?

Desta maneira, a única coisa que a Google ganhou foi denegrir a sua imagem quanto às aplicações que a própria cria, e, na pior das hipóteses, mais um motivo de gozo por parte da empresa liderada por Tim Cook.

Há uns meses, vimos publicidade criada pela Apple e quanto a sua AppStore era boa, então e nós Google? Em que é que ficamos? Afinal posso confiar na tua Play Store e nas tuas aplicações?

Em suma, não é novidade nenhuma que as empresas nos mentem, mas, como o povo diz, “é um pau de dois bicos”, e, nestes dois casos, a Lenovo até pode ter ganho algo com esta decisão. De certo que a mãe do Android não terá tão bons comentários na secção de reviews da apliação Google Lens.

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Artigo por Rafael Alemão

Pedro Henrique
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