Lanmi - Poderá a nova marca da Xiaomi ser destinada ao mercado físico?

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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Lanmi, um nome que em breve associarás à Xiaomi. O próximo fenómeno nas redes sociais, nas lojas online e nas lojas não oficiais que se continuam a espalhar pelo território nacional. Mas afinal porque é que a Xiaomi vai lançar uma sub-marca? Serão smartphones ainda mais baratos do que os "Mi's"?

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Para os consumidores o lançamento da marca Lanmi significará que a Xiaomi estará a deslocar a sua atenção para um novo tipo de mercado. Ou todo um novo tipo de consumidores. Segundo consta, a Lanmi deverá focar-se nos smartphones de gama alta, smartphones premium para o consumidor que não se assusta com os preços altos dos dispositivos móveis.

Lanmi - a nova Honor da Xiaomi?

As primeiras referências à Lanmi enquanto marca, enquanto entidade oficial foram detetadas na Weibo, a rede social chinesa. A temática entretanto foi ampliada por inúmeros blogs e "Xiaomi addicteds", tamanha é a popularidade da construtora chinesa Xiaomi e auréola dourada que a reveste. Não há dúvidas de que a Xiaomi é uma das melhores marcas no quesito da relação qualidade/preço. Além disso, graças ao advento lojas online e da política de comissões por venda, tornou-se numa segunda religião.

Olhemos agora para a Honor, a sub-marca da Huawei que foi criada especificamente para combater o crescimento da Xiaomi, OnePlus e outras marcas online. Será a Lanmi a sub-marca da Xiaomi destinada às lojas físicas? E se sim, quais as consequências para o consumidor?

Muito sucintamente, caso tal se verifique, teríamos smartphones Lanmi de gama alta à venda em loja física. O seu preço seria inexoravelmente mais caro, ajustando-se aos custos acrescidos e demais encargos inerentes à venda de smartphones nas "lojas tradicionais". Por outro lado não deixaria de ser curioso ver esta estratégia a ser aplicada, uma vez que é justamente o facto das concorrentes OPPO, Vivo e Huawei venderem amplamente em loja física que tem feito enorme concorrência à Xiaomi.

Lanmi pode ser a marca da Xiaomi para as lojas físicas

Atualmente os consumidores estão cada vez mais mentalizados de que terão de investir cada vez mais para ter um dispositivo topo de gama. Um investimento cada vez mais oneroso, sim, mas por outro lado mais gratificante pela satisfação de comprar um novo flagship.

Nos últimos dias tivemos conhecimento da aquisição de patentes à Nokia, bem como a parceria entre ambas as marcas para utilização dos processadores "Surge", desenvolvidos pela Xiaomi. Estes SoC's poderão ser utilizados pela Nokia em futuros smartphones. São pequenas "migalhas" que nos dão fortes sinais de que tanto a Xiaomi como a Nokia querem expandir-se num futuro próximo.

O primeiro smartphone da marca Lanmi

Já há alguns dias atrás, quando surgiram os primeiros rumores sobre a Lanmi que começamos a ligar estes "pequenos pontos". Hoje parece ser praticamente oficial o lançamento desta sub-marca Lanmi. A título de curiosidade, Lanmi significa arroz azul, ao passo que Redmi significa arroz vermelho. Portanto não será apenas uma nova gama de equipamentos mas sim uma sub-marca.

O primeiro smartphone da sub-marca Lanmi deverá efectivamente contar com boas características. Contudo, será um equipamento de gama média alta e não um verdadeiro topo de gama, pelo menos em algumas das suas características, a saber:

  • Ecrã / Tela de 5.5 polegads
  • Resolução 2160x1080p Quad-HD
  • Processador Snapdragon 660 da Qualcomm
  • Câmara dual com sensores Sony
  • Disponível com 4GB RAM + 64GB ROM; 4GB RAM + 128GB ROM, 6GB RAM + 64GB ROM ou 6GB RAM + 128GB ROM (armazenamento interno).

Pessoalmente não creio que a Xiaomi aposte no mercado de loja física, algo que lhe é praticamente desconhecido fora do mercado chinês. Por outro lado, mesmo que a Lanmi seja efetivamente uma marca dedicada ao mercado físico, seja na Europa ou no Brasil, os consumidores não conhecem este nome. Enquanto marca a Lanmi não tem qualquer poder ao passo que a Xiaomi já é bem mais do que uma "xing-ling", já é reconhecida internacionalmente.

Xiaomi em loja física?

Creio que falo por todos quando digo que seria extremamente vantajoso termos os smartphones da Xiaomi disponíveis em loja física. Obviamente que os preços não poderiam subir, algo que seria impossível tendo em conta os custos associados à venda nos mercados físicos. Desde o staff, licenças, assistência, etc.

Qual a tua opinião sobre esta nova estratégia da Xiaomi? Terá condições para ter sucesso? Poderá a Lanmi ser a "Xiaomi" de loja física?

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.