Jogos ''singleplayer'' serão uma relíquia do passado? - Opinião

Pedro Henrique
Pedro Henrique
Tempo de leitura: 3 min.

Com o recente lançamento de God of War, completo com cenas cinematográficas incríveis e jogabilidade promissora, milhões de fãs deliram com o jogo lançado pela Santa Monica Studios. E Fortnite? Esse então...Este enorme sucesso vem levantar a seguinte questão: Será que os jogos singleplayer são uma relíquia do passado?

Com a popularidade cada vez maior que os eSports, MMOs, Fortnite, etc. vieram trazer aos jogos multiplayer, os jogos com narrativa parecem cada vez mais postos de parte.

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Muito se deve ao facto das pessoas, em particular os mais jovens (a típica audiência-alvo das empresas do mundo gaming), acharem extremamente interessante assistir a vídeos em direto e a “Let's Plays” dos seus Youtubers favoritos. Isto claro, independentemente dos níveis de atrito ou toxicidade das comunidades online.

Quero dizer com isto que os YouTubers tendem a ficar muito dependentes destes jogos para se catapultarem para maiores estrelatos (e ad revenue…).

Multiplayer ou singleplayer? Fortnite é só mais um jogo que integra a atual tendência...

Overwatch, Fortnite e Counter-Strike: Global Offensive são jogos que dependem muito da componente multiplayer. Estes, como devem saber, estão a obter grandes níveis de popularidade.

Relativamente ao Overwatch, honestamente, senti que havia uma oportunidade perdida para uma campanha de história. Especialmente porque acredito na existência de potencial para isso, já que tem um elenco tão diversificado de personagens com histórias intrigantes.

A sétima e oitava gerações de consolas deu-nos uma enxurrada de narrativas brilhantes e ao mais alto nível. Contar histórias em videojogos parece estar cada vez mais épico, mais calculado, no mesmo patamar de grandes produções de cinema.

O OverWatch perdeu por não trazer mais história

O gameplay expandiu-se, não se limitando apenas a um aspecto em concreto, assim como a sua aplicação e apelo. Vejam as produções que saíram nos últimos anos: The Last of Us, God of War, Horizon Zero Dawn, The Witcher 3, Skyrim, a Trilogia Mass Effect, Nier: Automata, a série Uncharted, Persona 5.

Até a própria Nintendo, com jogos como Super Mario Odyssey e The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Esta companhia merece uma especial menção por ter conseguido reinventar-se e adaptado aos tempos desde a sua entrada no mundo dos videojogos.

Confesso, adoro um jogo com uma boa história e/ou gameplay entusiasmante. Jogos de um jogador, lineares ou não, acho-os extremamente agradáveis. Não seria surpresa para ninguém que ficaria bastante dececionado se estes um dia se tornassem obsoletos.

É algo de especial, quando um jogo te possibilita abstrair da realidade com uma história e personagens fictícias durante uma campanha de oito ou mais horas. Mesmo jogos como Uncharted oferecem modos multiplayer suportados por microtransações para manter os jogadores entretidos, continuando a captar a sua atenção e a fazê-los voltar para mais, mantendo a longevidade mesmo após muitas horas de história. É compreensível, mas considero este o aspecto menos interessante.

PUBG e Fortnite são as últimas tendências do mercado

Existe, claro, a hipótese de repetir o jogo novamente numa maior dificuldade para uma experiência mais desafiadora. Tal como a oportunidade de “apanhar” quaisquer itens colecionáveis que possam ter passado ao lado durante a primeira vez. Não esquecendo a tentativa de aquisição de troféus de platina ou objectivos com maior pontuação.

Mas talvez não seja tão emocionante quando já sabes o que esperar, e pode ser difícil recuperar a emoção da primeira partida.

No fim de tudo, independentemente do valor de produção de um jogo, a continuidade dos jogos singleplayer dependerá sempre de nós, os clientes. O principal motor desta indústria.

Se não houver compradores que justifiquem o investimento em experiências como estas, simplesmente não se investe em tal produto. É o princípio número 1 de qualquer mercado.

Com empresas como a Sony, a reforçar a sua aposta em jogos de narrativa, rejeitando os jogos como serviço. Ou estúdios Indie cada vez mais na ribalta, acredito que o singleplayer continue em bom porto.

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Artigo por Bruno Santos

Pedro Henrique
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