Satélites e madeira são conceitos que, geralmente, não associamos. No entanto, a verdade é que, recentemente, foi lançado um satélite de madeira para o Espaço. Foi a primeira vez que tal aconteceu e a invenção foi criada no Japão.
De acordo com a Digital Trends, este foi enviado através de um foguetão SpaceX Falcon 9 do Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida. Aparentemente, o envio terá sido feito na segunda-feira, 4 de novembro, e a chegada foi feita no dia seguinte.
Sobre este satélite
Segundo a mesma fonte, é expectável que o satélite (chamado “LignoSat”) fique em órbita durante cerca de 6 meses. O mesmo foi concebido por cientistas da Universidade de Kyoto, juntamente com a construtora Sumitomo Forestry.
Como podes ver na imagem, este tem um formato de cubo e, entrando por detalhes mais técnicos, tem lados de cerca de 10 centímetros. Quanto à sua composição, este é feito de “honoki”: ou seja, um tipo de árvore de magnólia que existe no Japão.
Reduzir o lixo espacial foi um dos objetivos
Sobre a conceção do satélite, este “nasceu” graças a técnicas tradicionais japonesas, sem materiais como parafusos ou cola, por exemplo. Ao que tudo indica, um dos grandes objetivos da equipa era testar a eficácia do uso da madeira em satélites.
Assim, pretende-se reduzir o lixo deixado no Espaço, graças a materiais menos nocivos para o mesmo. Recorde-se que, quando um satélite é desativado, algumas partículas metálicas não se desintegram a 100%, o que faz com que alguns pedaços possam chegar à superfície da Terra.
Como refere Takao Doi, professor da Universidade de Kyoto e ex-astronauta japonês, “estamos muito preocupados com o facto de que todos os satélites que reentraram na atmosfera da Terra queimam e criam pequenas partículas que flutuarão na atmosfera superior por muitos anos”.
É expectável que esses potenciais danos ecológicos não aconteçam com este “LignoSat”, dada a sua composição. Durante a sua “estadia” no Espaço, o satélite enviará dados para os cientistas, através de sensores que permitirão compreender a adaptação do “LignoSat” às condições espaciais.