É o primeiro satélite português construído por estudantes e professores universitários, neste caso do Instituto Superior Técnico, o que justifica o seu nome: ISTSat-1.
Se tudo correr como o previsto, entre as 19:00 e as 23:00 de hoje o voo inaugural do novo foguetão europeu Ariane 6 colocará em órbita aquele que será o terceiro satélite português no espaço.
A missão está prevista durar entre cinco e 15 anos e o ISTSat-1 ficará posicionado a cerca de 580 quilómetros da Terra (acima da Estação Espacial Internacional), devendo começar a enviar os primeiros dados no prazo de um mês após o início das operações.
Nanosatélite para testar descodificador de mensagens
O ISTSat-1 é tecnicamente designado por nanosatélite pela sua dimensão reduzida - é um pequeno ‘cubo’ com o tamanho aproximado de uma mão adulta.
A sua principal missão passa por testar ‘um novo descodificador de mensagens enviadas por aviões’ em zonas remotas. A ideia é perceber se esses mesmos nanosatélites poderão viabilizar as comunicações nessas zonas, permitindo saber detalhes sobre o estado das aeronaves - como velocidade e altitude -, para efeitos de segurança aérea.
A primeira estação a fornecer os dados do ISTSat-1 será o teleporto de Santa Maria, nos Açores, operado pela Thales Edisoft Portugal. Esta empresa foi a responsável pelo desenvolvimento do software e pela programação do segundo satélite português a entrar em órbita, o AEROS.