iPhone X - Apple responde às acusações de exploração laboral

Filipe Alves
Filipe Alves
Tempo de leitura: 2 min.

O novo Apple iPhone X é um dos smartphones que mais deu dores de cabeça à empresa de Cupertino. Embora seja um smartphone irreverente com qualidade acima dos antecessores, este iPhone X exige também novas linhas de produção e formas de fabrico diferentes.

A Apple fabrica o seu iPhone X, tal como os outros modelos, maioritariamente na FoxConn, uma cadeia de produção que baseada na China.

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De uma forma sucinta, o negócio funciona da seguinte maneira: a Apple envia para a FoxConn as medidas, esquema e produtos a implementar no iPhone, a empresa chinesa fabrica o terminal e, por fim, a gigante de Cupertino compra o smartphone à FoxxCon novamente, assim sendo, teoricamente a Apple compra e revende os seus iPhones... Confuso não?

Apple iPhone X é um dos smartphones mais complexos de fabrico

Mas não estamos aqui para falar sobre a forma como o negócio é feito, mas sim por quem é feito.

A FoxxCon fez uma parceria com escolas locais de forma a oferecer estágios profissionais a alunos.

Porém, de acordo com a informação, esses estudantes estão a trabalhar horas a fio sem que as possam reduzir.

Um aluno de 18 anos referiu que o estágio profissional é tudo menos lógico, alegando mesmo: "Estamos a ser forçados pela nossa escola a trabalhar aqui ... O trabalho não tem nada a ver com nossos estudos".

Estudantes reclamam que têm trabalhado 11 horas por dia e que este tipo de horários é simplesmente ilegal.

E a resposta da Apple?

A Apple respondeu à Arstechnica face às alegações trazidas pelo Financial Times dizendo:

"No decurso de uma auditoria recente, descobrimos alguns estudantes internos que trabalharam horas extra numa instalação de um fornecedor na China. Confirmamos que os alunos trabalharam voluntariamente, foram compensados e proporcionaram benefícios, mas não deveriam ter permissão para trabalhar horas.

Nessa instalação, os programas de estágio interno são de curto prazo e representam uma percentagem muito pequena da força de trabalho. Quando descobrimos que alguns alunos foram autorizados a trabalhar horas extra, tomámos medidas rápidas.

Uma equipa de especialistas está nas instalações a trabalhar com a gestão da empresa para garantir que os padrões apropriados são cumpridos. A Apple está dedicada a garantir que todos na nossa cadeia de fornecimento sejam tratados com dignidade e respeito que merecem.

Sabemos que o nosso trabalho nunca está terminado e continuaremos a fazer tudo o que pudermos para causar um impacto positivo e proteger os trabalhadores da nossa cadeia de abastecimento."

Palavras bonitas e com a promessa de resolução da situação. O problema é que já não é a primeira vez que vemos este tipo de problemas na FoxConn e a Apple continua a não ter uma mão firme como deveria, afinal de contas é a empresa mais valiosa do mundo.

Será apenas um diferença de hábitos? Uma questão cultural? O gosto pelo trabalhou ou o aproveitamento pela gigante de Cupertino? Deixa-nos a tua opinião abaixo, nos comentários.

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Filipe Alves
Filipe Alves
Fundador do projeto 4gnews e desde cedo apaixonado pela tecnologia. A trabalhar na área desde 2009 com passagens pela MEO, Fnac e CarphoneWarehouse (UK). Foi aí que ganhou a experiência que necessitava para entender as necessidades tecnológicas dos utilizadores.