iPhone pode detetar depressão, ansiedade e défice cognitivo

Mónica Marques
Mónica Marques
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A Apple está a trabalhar em tecnologia para deteção de perturbações como ansiedade, depressão e declínio cognitivo. E nada melhor do que o iPhone para desempenhar o papel de equipamento detetor de perturbações do foro emocional.

A ideia é recorrer aos dados de saúde recolhidos nas apps de atividade física e nos padrões de sono para que o diagnóstico seja feito no equipamento. Saliente-se que todos os dados recolhidos não vão ser enviados para os servidores da empresa.

iPhone analisa padrões de sono e expressões faciais para detetar perturbações

A informação é avançada pelo The Wall Street Journal que teve acesso a documentos da própria Apple. De acordo com a mesma fonte, a Apple pretende utilizar um conjunto de dados, recolhidos pelos vários sensores do dispositivo. Entre os dados recolhidos estão a mobilidade, padrões de sono, métricas de digitação, ritmo cardíaco e respiratório e até mesmo expressões faciais, entre outros.

Numa fase posterior, os dados recolhidos são analisados por um algoritmo, desenvolvido para o efeito, integrado no iPhone. Esta fase do processo suscita algumas preocupações no que respeita ao cumprimento da política de privacidade.
Para resolver essa situação, a Apple pretende trabalhar com um algoritmo que funcione nos equipamentos, mas que não envie dados para os servidores da empresa.

Fase de testes pode contar com 23 mil participantes

Estas notícias surgem após a divulgação de parcerias da Apple com a UCLA – Universidade da Califórnia – que estuda as perturbações de ansiedade e depressão e com a Biogen, uma empresa farmacêutica que se dedica ao estudo do défice cognitivo.

Se o estudo com o iPhone avançar, a fase de testes pode contar com 23 mil participantes. A UCLA irá analisar dados recolhidos de 3.000 voluntários já a partir deste ano enquanto a Biogen pensa em recrutar 20 mil pessoas para realizarem testes nos próximos dois anos.

Este é um projeto que se encontra numa fase muito prematura e, por isso, existe a possibilidade de não seguir em frente. No entanto, o The Wall Street Journal avança que os responsáveis da Apple estão bastante entusiasmados com o potencial da empresa para lidar com situações como a ansiedade e depressão.

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Mónica Marques
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Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt