Um mês depois da apresentação dos iPhone 12, já todos os modelos encontram-se disponíveis para compra. Como tem sido hábito, os novos smartphones da Apple não são para qualquer carteira.
Será o preço praticado pela Apple justificado ou a empresa simplesmente tem margens de lucro astronómicas? Pelo que os especialistas da Fomalhaut Techno Solutions partilham hoje, a americana não se coíbe de tirar uma boa fatia de lucro nos seus equipamentos.
iPhone 12 e 12 Pro custam menos de metade do seu preço para serem construídos
Comecemos pelo iPhone 12, o modelo menos dispendioso retratado neste relatório. Segundo a fonte, este equipamento custará apenas 373 dólares à Apple para ser construído. Vale relembrar que o equipamento está à venda, em Portugal, por 929€.
Observando o seu irmão iPhone 12 Pro, vemos um custo total de produção unitária de 406 dólares. Embora ambos os modelos partilhem a maioria dos componentes internos, um sensor extra na câmara traseira ou a bateria de maior dimensão ajudam a justificar este diferencial.
O componente destes equipamentos que mais custos monetários representa para a empresa é o modem que lhe garante a compatibilidade com redes 5G. O modem Qualcomm X55 5G terá um custo de 90 dólares por cada unidade.
Em seguida temos o seu ecrã, um OLED de 6.1 polegadas, fabricado pela Samsung, e que custa cerca de 70 dólares por unidade. Outro dos componentes mais caros do iPhone 12 é o seu processador A14 Bionic, que custa 40 dólares.
Num patamar bem mais acessível encontramos peças como a memória RAM (12.8 dólares) ou os módulos de armazenamento (19.2 dólares). Já os sensores para a câmara, comprados à Sony, custam entre 7.4 e 7.9 dólares por unidade.
Lançar um smartphone para o mercado não implica apenas construí-lo
Depois de conhecidos estes valores, é habitual começarem a surgir comentários de ganância dirigidos à Apple. Isto porque o diferencial entre os custos de produção dos iPhone 12 e 12 Pro e o seu preço de venda é superior a 50%.
Todavia, é nosso dever relembrar que colocar um smartphone no mercado acarreta muitos mais custos que apenas a sua construção. Temos de reconhecer ainda os custos de pesquisa e desenvolvimento da sua tecnologia, os custos de expedição do produto para os vários mercados e ainda o marketing envolvente.
Isto não serve para desculpar a Apple pelos valores que pratica nos seus produtos. Certamente que a sua margem de lucro não será pequena e talvez a empresa pudesse ser mais benevolente com o consumidor e, mesmo assim, continuar a ganhar milhões no final do ano.
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