É fascinante como nada é certo no mundo online (opinião)

Daniel Pinto
Daniel Pinto
Tempo de leitura: 2 min.

Tal como deverás saber, há cerca de 10 anos, o Internet Explorer era o browser que muitos utilizavam diariamente, para fazer tudo aquilo que pretendiam na Internet. E, como é óbvio, procurar os vídeos que mais gostavam no YouTube.

O mais interessante, por sua vez, é que num espaço de um mês, o Internet Explorer 6 conseguiu desaparecer, graças a um pequeno grupo de engenheiros da Google. Ora, vale lembrar que, quando isto se sucede, a sexta versão do navegador da Microsoft detinha uma quota de mercado de 18% - tendo em consideração o tráfego do YouTube.

No entanto, o Internet Explorer 6 estava cada vez mais obsoleto, algo que originou uma onda de revolta para os funcionários da Google mencionados anteriormente. E claro, levou a que estes criassem, especialmente para os utilizadores do mesmo, no YouTube, um pequeno banner que aconselhava a mudança de browser aquando da visualização de vídeos.

Internet Explorer 6 era mito! Deixou de ser do dia para a noite...

Pois bem, tal como sabes, um banner, por mais pequeno que seja, pode tornar-se bastante incomodativo. Neste caso, era um inómodo bom, porque tinha que ver, única e exclusivamente com uma troca de navegador web que seria benéfica para o utilizador. Ora, a verdade é que a tática usada pelos trabalhadores do YouTube resultou como estes gostariam.

Depois de problemas relacionados com a possibilidade do YouTube estar a promover uma troca de Internet Explorer para Google Chrome - algo que foi tido em consideração pelos engenheiros do YouTube - o que é certo é que o plano foi aplicado e, um mês depois, o market share já havia caído para 10%.

Em abril de 2012, um momento em que o YouTube já se afirmava de uma forma bem mais preponderante e, pelo contrário, o Internet Explorer 6 era dado como extinto pela própria Microsoft. Se se pode dizer que os engenheiros do YouTube acabaram com o IE6? Talvez não. No entanto, tiveram forte influência na sua morte.

Concluindo, na minha opinião, é super-interessante perceber que, indepedentemente do objetivo a alcançar ser partilhado por muitas, poucas ou apenas uma pessoa, na Internet, esse é possível de ser resgatado. E a história deste pequeno grupo de engenheiros prova isso mesmo.

Há inúmeros casos semelhantes, tais como o das últimas eleições norte-americanas, crescimento e "fim" do Snapchat, etc. Algumas por comprovar, outras não. Umas mais sérias, outras nem por isso.

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