Depois da Google, os fabricantes americanos de processadores vão também cortar o seu fornecimento à Huawei. Segundo avança a Bloomberg, empresas como a Intel, Qualcomm e Broadcom cortaram os seus negócios com a Huawei, com efeito imediato.
De acordo com esta informação, os funcionários destas empresas já foram informados de que o fornecimento à Huawei está congelado. Esta não é uma medida definitiva, mas preventiva. Foi tomada até que existam mais informações sobre o caso.
Do lado da Intel, as repercussões para a Huawei são significativas. A empresa fornece os processadores que equipam a linha de computadores da Huawei. Neste campo, a empresa pode ficar verdadeiramente de mãos e pés atados.
Quanto à Qualcomm, o impacto é menor. Embora a empresa americana forneça alguns modems e processadores a dispositivos mobile da Huawei, o poder da marca neste campo é totalmente diferente. A empresa já fabrica os seus próprios modems (incluindo os 5G) e a maior parte dos seus dispositivos contam com processadores próprios.
Huawei tem stock de processadores para pelo menos três meses
As notícias que circulam é de que a Huawei se precaveu quanto a este “fechar da torneira” por parte das empresas americanas. A Huawei terá stock para pelo menos três meses, o que deverá ser tempo suficiente para que a questão seja resolvida. Ou seja, para sabermos se é algo definitivo ou uma medida estratégica do governo americano.
Toda esta situação chega depois da ordem executiva de Donald Trump. Este proibiu o uso de qualquer material da Huawei em solo americano, o que levou a Google a cortar negócios com a Huawei. Neste momento, a única garantia é que os atuais dispositivos da Huawei manterão atualizações de segurança e serviços como a Play Store.
A Microsoft ainda não se pronunciou sobre o caso
Quem ainda não se pronunciou sobre este assunto foi a Microsoft. À data de escrita deste artigo ainda não se sabe se a empresa vai também deixar de ter o seu sistema operativo nos computadores da Huawei. Mas tudo aponta para que esta siga as normativas do governo de Trump.
O que se sabe é que a Huawei tem o seu plano B desenvolvido. A empresa chinesa tem um sistema operativo próprio preparado, que poderá funcionar como alternativa tanto ao Android como ao Windows. Nos próximos tempos saberemos se terá de lhe dar uso.
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