Inédito na App Store! Encontradas apps com malware que leem capturas de ecrã do iPhone

Especialistas em segurança da empresa Kaspersky depararam-se com um novo malware que apelidaram "SparkChat". Este tem como objetivo roubar informações alusivas a carteiras de criptomoedas das vítimas.

Este tipo de malware foi encontrado tanto na App Store como na Play Store. No entanto, os autores deste relatório sublinham que esta é a primeira vez que encontram este tipo de ameaça na loja de aplicações da Apple.

Como funciona o "SparkChat"?

Tal como se pode ler no relatório publicado pela Kaspersky, o objetivo deste malware é inspecionar imagens da galeria do smartphone dos utilizadores. O seu objetivo é encontrar textos relacionados com carteiras de criptomoedas.

iPhone malware
Imagem criada pela IA Microsoft Design

Para isso, o "SparkChat" utiliza o modelo OCR que tem a habilidade de extrair texto a partir de imagens. Assim sendo, as aplicações infetadas irão requisitar permissão para aceder à galeria dos smartphones das vítimas.

Essa permissão será requisitada na primeira vez que as vítimas abrirem a aplicação infetada. Importa notar que, segundo o relatório, este malware foi encontrado em aplicações de mensagens como WeTink ou AnyGPT e ainda na aplicação de distribuição de comida ComeCome.

Assim que as vítimas concedam a permissão de acesso à galeria, o malware dará início à sua busca por informações sensíveis. O seu alvo principal são credenciais de acesso a certeiras de criptomoedas ou frases que permitam a recuperação dessas palavras-chave.

Quando as encontra, ele envia as informações recolhidas para um servidor controlado pelos hackers. Assim, estes poderão fazer uso desses dados para desviar dinheiro das carteiras dos lesados.

A Kaspersky não consegue confirmar se estas infeções aconteceram durante o processo de distribuição ou se por ação deliberada dos criadores das apps. Referem ainda que a sua principal atividade aconteceu no final de 2024, mas as primeiras evidências surgiram em março desse ano.

As principais geografias onde este malware está ativo é na Europa e na Ásia. Apesar de já terem partilhado as suas descobertas com as entidades responsáveis, notam que algumas ainda se encontram disponíveis na App Store.

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Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.