Quando pensamos nos avanços espaciais, geralmente não pensamos na Índia. No entanto, a verdade é que o país fez um anúncio bastante interessante, que poderá fazê-lo crescer dentro desta área.
De forma a contextualizar a situação, recuemos um bocadinho no tempo. Como recorda a Space.com, a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) fez um teste na passada semana, a 9 de maio.
O motor durou mais de 11 minutos
Este pretendeu testar o motor de um foguetão movido a combustível líquido. O que torna esta inovação mais peculiar é o facto de ter sido obtida através de tecnologia de impressão 3D.
De acordo com a mesma fonte, o motor em questão funciona com base numa mistura hipergólica de tetróxido de nitrogénio e monometil hidrazina. Apesar do caráter técnico dos termos, o mais importante é que o motor durou mais de 11 minutos.
Trata-se de um resultado interessante e que revela potencial para esta forma da Índia conceber o estudo do Espaço. Segundo o ISRO, um dos fatores positivos é o facto de se terem reduzido as peças do motor de 14 para apenas uma.
Ao operar nesta lógica do 3D, salienta-se o quanto foi possível poupar, principalmente em tempo. A entidade indiana responsável pela pesquisa espacial afirma que esta forma de trabalhar pode ser 60% mais rápida.
A Índia quer ter uma base lunar até 2047
Os trabalhos foram feitos no Polar Satellite Launch Vehicle (PSLV). Segundo a Space.com, este é um dos lançadores mais potentes do país, juntamente com o Launch Vehicle Mark-3 (LVM-3).
Em números reais, isto significa que o foguetão poderia ter a capacidade de entregar até cerca de 1 750 quilos de carga para o Espaço. Ao que tudo indica, os planos espaciais da Índia estão muito longe de ficar por aqui.
Estima-se que o país também tenha a intenção de, até 2047, aterrar um astronauta na Lua e implementar uma base lunar. Resta esperar para ver se estes objetivos se irão tornar numa realidade.