Cada vez mais, a Inteligência Artificial (IA) mostra que não há fronteiras para aquilo que são as suas potencialidades. Posto isto, a última grande novidade é que, pelos vistos, há estudiosos da antiguidade que dizem que a IA permite restituir textos ocultos do passado, como é exemplo um pergaminho carbonizado de há quase 2000 anos, quando o Monte Vesúvio entrou em erupção.
Quem dá conta disso mesmo é o The Guardian. De acordo com o mesmo, estes pergaminhos que remontam à destruição da Pompéia, em 79 d.C, foram achados no século 18. No entanto, havia um grande problema: devido à sua deterioração era impossível analisá-los. Se já os que se encontravam inteiros eram indecifráveis, imagina os que estavam aos bocados!
A nova descoberta levanta o véu para descobertas futuras
Mesmo para os papirologistas, os profissionais do estudo do papiro, trata-se de algo completamente inimaginável e que nos permite ver mais à frente. Afinal de contas, se neste caso foi possível, em quantos mais casos a IA não poderá, também, ser auxiliar de imensas descobertas? Nesse sentido, Robert Fowler, professor da Universidade de Bristol, constata o óbvio: há inúmeros pergaminhos à espera de ser lidos.
Há quem vá ainda mais longe e refira que se trata mesmo de uma revolução, não só na papirologia, mas também no estudo da filosofia grega. Quem o diz é Federica Nicolardi, papirologista da Universidade de Nápoles Federico II, que reforça que esta se trata da única biblioteca histórica a chegar à Humanidade desde os tempos da Roma Antiga.
De onde surgiu a ideia de investigar pergaminhos com IA?
Ainda assim, há uma questão que persiste. De onde surgiu a ideia de investigar sobre este tema. Afinal de contas, qual a motivação por detrás deste estudo' Ora bem, segundo dá conta o The Guardian, estes avanços partiram de um mero desafio de seu nome Vesuvius Challenge. Em que consistia? Basicamente, com valores a chegar perto de 1 milhão de euros, o desafio premiava quem conseguisse extrair textos de pergaminhos elaborados em Diamond, a instalação síncrotron do Reino Unido, em Oxfordshire.
Se calhar foi o gosto pela descoberta, ou se calhar foi mesmo só o dinheiro a mover o mundo. A verdade é que o incentivo colheu os seus frutos e, aquilo que se vislumbrava ser um mero desafio, revelou ser um passo gigante para a Humanidade, que tem nas suas mãos mais uma ferramenta para estudar o seu passado e conhecer melhor a história.