Numa luta direta com o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), a Google perdeu, de forma aparatosa, a primeira batalha. E a consequência não podia ser mais inesperada e grave: ser obrigada a vender o Chrome e perder o motor de pesquisa mais usado em todo o mundo. Contamos-te toda a história de seguida.
Google acusada de práticas anticompetitivas e Apple envolvida
Num processo que opõe a Google ao Departamento de Justiça norte-americano, a gigante de pesquisa foi acusada de práticas anticompetitivas. Em causa está o Chrome e os acordos de distribuição feitos com outras empresas para garantir que este motor de pesquisa estava presente em vários equipamentos.
Dos vários acordos que a Google fez neste sentido, o destaque vai diretamente para a Apple. Segundo informações divulgadas, a gigante de pesquisa terá pago à empresa de Tiim Cook de até 200 mil milhões de dólares por ano – aproximadamente 190 mil milhões de euros.
Tudo para garantir que o Google Chrome fosse o motor de pesquisa padrão no browser Safari de todos os equipamentos Apple – iPhones, iPads, Macs.
Por ter feito este tipo de acordos, a gigante de pesquisa acaba de perder a primeira batalha em tribunal. O juiz Amit Mehta considerou que a Google procedeu a práticas anticompetitivas e que “tem agido como uma monopolista para manter este seu monopólio”.
Segundo informações divulgadas pela agência de notícias Bloomberg, a intenção do Departamento de Justiça norte-americano é que a Google seja forçada a vender o Chrome como ação direta de perder este processo judicial.
As consequências são irreparáveis para a Google
Caso seja obrigada a vender o Chrome, a Google vai sofrer perdas irreparáveis. Atualmente, de acordo com dados do StatCounter, o Chrome tem uma participação no mercado global de 89% enquanto motor de busca.
Se juntarmos os dispositivos móveis, a quota de mercado sobre para uns incríveis 93%. Para efeitos de comparação, o segundo classificado neste ranking é o Safari da Apple com apenas 18% de quota de mercado.
Mas pior que isso são as notícias de que o Departamento de Justiça norte-americano pode mover novas ações judiciais, baseando-se nos mesmos parâmetros para mais produtos Google; nomeadamente para o sistema operativo Android e para a Inteligência Artificial.
Para já, a Google vai recorrer desta decisão e tentar evitar perder o Chrome e a atual quota de mercado global que detém.