Recentemente, Tóquio foi palco da renhida final do AtCoder World Tour, a primeira competição de programação que contou com participantes humanos e de inteligência artificial. A disputar o troféu estavam alguns dos melhores programadores do mundo e um modelo avançado da OpenAI.
Após 10 horas seguidas de desafios, a competição chegou a um resultado surpreendente, mas por uma diferença bastante pequena.
Humano na frente… mas por pouco
O modelo da OpenAI, chamado OpenAIAHC, foi incluído como participante especial numa partida de exibição da competição, tornando este um dos primeiros testes diretos entre humanos e IA em provas de código abertas e criativas. A IA competiu com 12 humanos altamente qualificados.
O polaco Przemysław Dębiak, conhecido online como Psyho, derrotou o modelo de inteligência artificial da OpenAI e foi o grande vencedor do AtCoder World Tour. Mas não foi uma vitória fácil. A IA ficou a menos de 10% da pontuação do vencedor.
Além disso, a IA mostrou um nível de consistência impressionante ao longo de todo o desafio e terminou em segundo lugar, à frente de todos os outros 11 programadores humanos.
“A humanidade prevaleceu (por enquanto!)”, escreveu Dębiak, que já trabalhou na OpenAI, numa publicação no X, celebrando a conquista depois de uma jornada intensa que o deixou “completamente exausto” e “quase morto”.
“Sem a IA, teria pontuado muito menos”
Mais do que uma simples competição, o evento revelou como a presença da IA está a elevar o nível de exigência, até para quem está no topo. Dębiak confessou ao Business Insider que o verdadeiro motor da sua performance foi a concorrência da IA.
“Sem a participação da IA, a minha pontuação teria sido muito, muito mais baixa”, admitiu, explicando que o facto de ver o modelo a aproximar-se da sua pontuação o obrigou a manter o foco e a dar tudo até ao fim.
O resultado pode até ser uma vitória para os humanos, mas a mensagem está dada: a IA está perigosamente perto de alcançar — ou até superar — os melhores do mundo em tarefas de programação criativa.
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